sábado, 14 de maio de 2011

Pecado – Quando já é Tarde Demais – John Owen (1616-1683)


Imagem cedida por: http://www.theologian.org.uk/doctrine/johnowen.html

Parece que estamos afirmando o óbvio, mas é preciso que se diga isso. Quando alguém comete qualquer tipo de pecado, pode ter a certeza que antes entrou em tentação. Todo pecado deriva da tentação. Não pode haver pecado sem que exista a tentação (Tiago 1:14,15; Gál. 6:1). Quando são vencidas pelo pecado, muitas pessoas se arrependem dele, no entanto não se apercebem de que sua causa foi a tentação. Se quisermos vencer qualquer tipo de pecado, é preciso que consideremos o que nos está tentando a esse pecado e procurarmos evitar essa tentação. A tentação é a raiz e o pecado é o fruto amargo da tentação. Embora cientes do seu pecado, há muitos que não se conscientizam de suas tentações. Essas pessoas se desagradam com o fruto amargo do pecado, porém não tomam precauções para evitar a raiz venenosa da tentação.

Ninguém cai em pecado subitamente, sem que primeiro tenha entrado em tentação.

A companhia de certas pessoas é capaz de levar quase com toda certeza a pensamentos, palavras e atos pecaminosos (1 Cor. 15:33), todavia é possível gostar dessa companhia e mais tarde lamentar sobre o pecado que resultou dela. Certos alvos ou ambições (1 Tim. 6:9) podem resultar no mesmo. As pessoas podem, porém, segui-los sem apreciarem as tristezas do pecado resultantes de segui-los.

A força da tentação

Como vimos no primeiro capítulo, as tentações têm vários graus. Quando a tentação é violenta, ou se repete constantemente, não dando descanso à alma, podemos ter a certeza de que entramos em tentação. Os desejos pecaminosos têm o poder de seduzir uma pessoa a pecar, até mesmo sem uma tentação externa (Tiago 1:14), entretanto isto não é o mesmo que entrar na tentação.

Os desejos pecaminosos são como um riacho correndo em seu curso para o mar, e a tentação como um vento poderoso que sopra nesse riacho. Pense nesse riacho e pense num barco vazio sendo colocado nele. Mais cedo ou mais tarde, segundo o curso e a velocidade da correnteza, esse barco será levado ao mar. Da mesma maneira, os desejos pecaminosos de uma pessoa irão mais cedo ou mais tarde (à parte da graça salvadora de Deus) levá-la ao mar da sua ruína eterna. Voltando à nossa ilustração, suponha que há ventos fortes ventando contra o barco. Então o barco será empurrado com violência contra as margens e as rochas, até que se parta em pedaços e seja tragado pelo mar.

Esta ilustração nos dá dois quadros de um homem pecaminoso. O primeiro é de um homem que, lentamente mas com certeza, está sendo levado para o mar da sua ruína eterna nas correntezas dos seus desejos pecaminosos. O segundo nos mostra o mesmo homem experimentando o vento forte da tentação. Este vento leva o homem a um pecado após outro até que - totalmente estraçalhado - chega à sua ruína eterna.

Esta ilustração pode ser exemplificada em muitos casos nas vidas dos santos que foram preservados da ruína eterna mas entraram em tentação e caíram lamentavelmente, para sua própria vergonha. Ezequias tinha nele, sempre, a raiz do orgulho (um desejo pecaminoso que o teria levado à perdição se não fora a graça de Deus). Todavia esse desejo não o compeliu a mostrar seus tesouros e suas riquezas até que entrou em tentação ao tempo em que chegaram os embaixadores da parte do rei da Babilônia (2 Reis 20:12-19; 2 Cron. 32:24-31). Essa mesma raiz de orgulho pode ser vista em Davi. Durante muitos anos ele resistiu ao desejo peca¬minoso de contar o número do povo, mas cedeu a esse desejo quando satanás se levantou e o provocou (2 Sam. 24:1-10; 1 Cron. 21:1-8). Ilustrações semelhantes podem ser encon¬tradas nas vidas de Abraão, de Jonas e de Pedro, para mencionar apenas alguns poucos. Judas Iscariotes nos dá um exemplo amedrontador de um homem que nunca foi um verdadeiro santo. Judas era cobiçoso desde o começo (João 12:6) mas não tentou satisfazer seu desejo pecaminoso, traindo o seu Mestre enquanto o diabo não entrou nele.

Todos nós temos desejos pecaminosos. As vezes, chegam a nós oportunidades que nos pressionam a satisfazê-los. Quando isso acontece, já entramos em tentação.

Nossa atitude em relação à tentação

Uma pessoa pode entrar em tentação sem estar ciente que um desejo pecaminoso está sendo provocado. Um exemplo disso é a situação em que o coração da pessoa começa a gostar da tentação, secretamente, e vai fazendo provisão para ela e lhe dá oportunidade, de diversas maneiras, para crescer - sem, contudo, cometer um pecado óbvio.
Esta é uma forma muito sutil de tentação. Um exemplo nos ajudará a detectá-la. Certa pessoa começa a ser conhecida como piedosa, sábia, entendida, etc. (coisas boas em si mesmas). As pessoas a elogiam por isso, e ela começa a gostar de ser tratada dessa maneira. Tanto o seu orgulho como a sua ambição são afetados. Ela passa, então, a se esforçar para burilar os seus dons e as suas virtudes. Mas seus motivos são errados: ela está querendo que sua reputação aumente. Está entrando na tentação. Se não reconhecer e lidar com essa situação, essa sutil tentação logo a transformará numa escrava dos seus desejos pecaminosos de desejar uma boa reputação.

Jeú é um bom exemplo, do Velho Testamento, de um homem assim. Ele havia se conscientizado de que estava ganhando a reputação de ser uma pessoa zelosa. Jonadabe, um homem bom e santo, se encontra com Jeú. Jeú pensa: "eis uma boa oportunidade para eu aumentar minha reputação". Então ele chama Jonadabe para si e começa a trabalhar fervorosamente. As coisas que fez eram, em si mesmas, boas, entretanto seus motivos não eram bons. Estava seguindo os seus desejos. Havia entrado na tentação.

Aqueles que estão envolvidos na obra do ministério e da pregação do evangelho estão sujeitos a cair nesse tipo sutil de tentação. Muitas coisas desse trabalho podem ser um meio de ganhar reputação e apreço das pessoas corretas. A habilidade em geral de uma pessoa, sua capacidade, sua fidelidade, sua ousadia, seu sucesso, etc, podem, todos eles, se tornar num meio para aumentar sua reputação. Será que nós, secretamente, começamos a gostar dessa tentação? Acaso já começamos a fazer alguma coisa boa pela razão errada? Se assim procedermos estaremos entrando na tentação.

Sempre que os desejos pecaminosos de uma pessoa e as tentações se encontram.

Sempre que uma pessoa se encontra numa situação na qual os seus desejos pecaminosos estão conseguindo a oportunidade de serem satisfeitos, e ela se vê sendo encorajada a satisfazê-los, aproveitando ao máximo a oportunidade que se lhe oferece, ela está entrando em tentação. E quase impossível que alguém receba as oportunidades, as ocasiões ou as vantagens que melhor se adaptam aos seus desejos pecaminosos sem que venha a se enlaçar nelas. Quando os embaixadores vieram da parte do rei da Babilônia, o orgulho de Ezequias o fez cair em tentação. Quando Hazael se tornou rei da Síria (2 Reis 8:7-15; 13:3,22), sua crueldade e sua ambição fizeram com que se irasse selvagemente contra Israel. Quando os sacerdotes vieram com suas peças de prata, Judas, por causa de sua ambição, foi instantaneamente motivado a vender o seu Mestre (Luc. 22:3-6).

Material inflamável precisa ser conservado distante do fogo. Da mesma maneira, é importante que nossos desejos pecaminosos sejam mantidos à distância daquelas coisas que os incitarão. Há aqueles que pensam que podem brincar com serpentes sem serem picados, tocar em tinta fresca sem se mancharem, brincar com fogo sem se queimarem; mas estão enganados. Porventura seu trabalho, seu estilo de vida ou suas companhias lhe trazem constantemente oportunidades para satisfazer os seus desejos pecaminosos? Se for assim, você entrou em tentação. Só Deus sabe como você se sairá dessa!
FONTE: 

Desejos Inflamados por Deus – Richard Baxter (1615 - 1691)


Imagem cedida por: http://www.mayflower.com.br/2010/11/desejos-inflamados-por-deus-richard.html

O cristão vivo é o consagrado. É nossa distância do céu que nos torna tão insípidos: é o fim que vivifica todos os meios, e mais vigoroso será nosso movimento, se observamos esse fim com freqüência e de forma clara. Como os homens trabalham de forma incansável e se aventuram sem medo, quando pensam em um prêmio proveitoso! Como o soldado arrisca sua vida, e o marinheiro enfrenta tormentas e ondas; como eles, cheios de alegria, circundam a terra e o mar, e nenhuma dificuldade os intimida, quando pensam em um tesouro incerto e perecível! Quanta vida seria acrescentada nos esforços do cristão se ele antecipasse com freqüência esse tesouro eterno! Corremos devagar, e esforçamo-nos de forma indolente, porque nos importamos muito pouco com o prêmio!

Quando o cristão saboreia constantemente o maná velado, e bebe dos rios do Paraíso de Deus, como esse manjar e néctar divinos acrescentam vida a ele! Como, em suas orações, seu espírito será fervoroso, quando ele considerar que ora por nada menos que o céu! Observe o homem que passa muito tempo no céu e verá que ele não é como os outros cristãos. Algo do que ele viu lá em cima aparece em suas responsabilidades e em sua conversa; ainda mais, pegue esse mesmo homem logo após retornar dessas visões bem-aventuradas e perceberá facilmente que ele se sobrepuja a si mesmo, e como seus sermões são divinos. Se ele for um cristão comum, ele terá uma conversa divina, orações divinas e atitudes divinas! Quando Moisés esteve com Deus no monte, ele recebeu tanta glória de Deus que seu rosto resplandecia a ponto de as pessoas não conseguirem olhar para ele. Amados amigos, se você apenas se dedicar a isso, essa glória também estará com você.

Os homens, quando conversassem com você, veriam sua face resplandecer e diriam: "Certamente, ele esteve com Deus".  Se você tivesse luz e calor, então por que não passaria mais tempo debaixo da luz do sol? Se você tivesse mais dessa graça que flui de Cristo, por que não passaria mais tempo com Cristo para ter ainda mais? Sua força está no céu, e sua vida também está no céu, e ali você deve buscá-las todos os dias, se quiser tê-las. Por falta desse recurso do céu, sua alma é como uma vela apagada, e seu serviço como um sacrifício sem fogo. Para sua oferta queimar, é preciso que busque carvão nesse altar. Para sua vela brilhar, é preciso acendê-la nessa chama e alimentá-la todos os dias com o óleo proveniente dali; fique próximo desse fogo renovador e veja como seus sentimentos ficarão revigorados e fervorosos. Como os olhos alimentam os sentimentos sensuais por meio do olhar fixo nos objetos fascinantes, também os olhos de nossa fé, por meio da meditação, inflamam nossos sentimentos em relação ao Senhor, ao mirar com freqüência essa mais sublime beleza.

Você pode exercitar suas funções de muitas outras formas, mas essa é a forma de exercitar suas bênçãos. Todas elas provêm de Deus, a fonte, e levam a Deus, o fim último, e são exercitadas em Deus, o objeto principal delas, de forma que Deus é tudo em todos. Elas vêm do céu, e a natureza delas é divina, e elas o direcionarão para o céu e o levarão para lá. E como o exercício abre o apetite e dá força e vida ao corpo, o mesmo também acontece com a alma. Pois como a lua é mais gloriosa e fica mais cheia quando fica mais diretamente face a face com o sol, também sua alma ficará mais cheia de dons e de bênçãos quando vir a face de Deus mais de perto. Seu zelo compartilhará da natureza dessas coisas que o impulsionam: portanto, o zelo que é inflamado por suas meditações sobre o céu, provavelmente, será um zelo mais divino, e a vida do espírito que você busca na face de Deus deve resultar em uma vida mais sincera e consagrada.

Se você apenas pudesse ter o espírito de Elias, e na carruagem da contemplação pudesse elevar-se nas alturas até que se aproximasse da vivificação do Espírito, sua alma e seu sacrifício arderiam gloriosamente, apesar de a carne e o mundo lançar sobre eles a água de toda sua inimizade antagônica. Pois a fé tem asas, e a meditação é a carruagem; sua responsabilidade é tornar presente as coisas ausentes. Você não vê que um pequeno pedaço de vidro, quando direcionado para o sol, condensará de tal forma seus raios e calor a ponto de queimar aquilo que está atrás dele, mas que, sem ele, esse objeto teria recebido apenas pouco calor? Oras, sua fé é o vidro que faz queimar seu sacrifício, e a meditação o posiciona diante do sol; apenas não o afaste logo, mas segure-o ali por um pouco de tempo, e sua alma sentirá o venturoso efeito.

Certamente, se conseguirmos entrar no Santo dos Santos, trazendo de lá a imagem e o nome de Deus, guardando-os em nosso coração, bem pertinho de nós, isso possibilitará que façamos maravilhas: toda responsabilidade que realizarmos será uma maravilha, e aqueles que a presenciarem prontamente dirão: "Ninguém jamais falou da maneira como esse homem fala" (Jo 7.46). O Espírito nos dominará e far-nos-á falar a todos sobre  as obras maravilhosas do Senhor.

O Poder Infinito de Deus - Thomas Watson


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"Se se trata da força do poderoso, ele dirá: Eis-me aqui" (Jó 9.19). Nesse capítulo está uma descrição magnificente do poder de Deus. "A força do poderoso." A palavra hebraica para força significa uma conquista, a força que prevalece. "Ele é forte." Nesta expressão utiliza-se o grau superlativo, isto é, ele é o mais forte. Ele é chamado El-shaddai, Deus todo poderoso (Gn 17.1). Seu poder está nisto: que pode fazer qualquer coisa que seja possível. As coisas divinas se distinguem entre autoridade e poder. Deus tem ambas.

1. Deus tem direito soberano e autoridade sobre o homem

Ele pode fazer o que quiser com suas criaturas. Quem poderá discutir com ele? Quem pedirá a ele uma razão por seus feitos? "Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?" (Dn 4.35). Deus se assenta para julgar na corte suprema; ele chama os monarcas da terra para julgamento e não tem de dar uma razão de seus procedimentos. "Deus é o juiz; a um abate, a outro exalta" (SI 75.7). Ele tem a salvação e a perdição em suas mãos. Ele tem a chave da justiça consigo para prender quem desejar na prisão terrível do inferno e tem a chave da misericórdia em sua mão para abrir a porta dos céus para quem ele desejar. O nome gravado em suas vestes é: "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Ap 19.16). Ele se apresenta como o Senhor soberano, quem pode lhe pedir satisfação? "Farei toda a minha vontade" (Is 46.10). O mundo é o bispado de Deus, não faria o que quisesse em seus domínios? Foi ele quem fez o rei Nabucodonosor comer grama e lançou no inferno os anjos que pecaram. Foi ele quem quebrou a cabeça do império babilónico. "Como caístes do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como fostes lançado porteira, tu que debilitavas as nações!" (Is 14.12). "Até aqui virás e não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas?" (Jó 38.11). Deus é o monarca supremo e todo o poder reside originalmente nele. "Não há autoridade que não proceda de Deus" (Rm 13.1). Os reis possuem coroa por causa dele: "Por meu intermédio, reinam os reis" (Pv 8.15).

2. A autoridade e o poder de Deus são infinitos

O que é a autoridade sem poder? "Ele é ... grande em poder" (Jó 9.4). Esse poder de Deus é manifesto:

a.      O poder de Deus é manifesto na obra da criação
Para criar se requer poder infinito. O mundo inteiro não pode criar um mosquito. O poder de Deus na criação é evidente, pois não precisou de instrumentos para seu trabalho, ele trabalhou sem ferramentas e não precisou de alguma matéria com que trabalhar, ele criou a matéria e então trabalhou nela. Deus trabalha sem labutar, "Falou e tudo se fez" (SI 33.9).

b.      O poder de Deus é manifesto na conversão de almas

O mesmo poder que atrai o pecador a Deus é o que conduziu Cristo para fora da sepultura e o levou ao céu (Ef 1.19). Um grande poder é manifestado na conversão, maior que o manifestado na criação. Quando Deus fez o mundo não encontrou oposição. Não tinha nada para ajudá-lo nem tinha nada para atrapalhá-lo, mas quando converte um pecador, encontra oposição. Satanás se opõe a Deus, também o coração do homem se opõe a Deus; pois o pecador está irado em relação à graça que o pode converter. O mundo foi "obra dos teus dedos" (SI 8.3). A conversão é o trabalho de "seu braço" (Lc 1.51).

Na criação, Deus operou somente um milagre, ele pronunciou sua palavra; mas, na conversão, Deus executa muitos milagres. O cego vê, o morto é ressuscitado, o surdo ouve a voz do Filho de Deus. Quão infinito é o poder de Jeová. Ante o seu cetro, os anjos se cobriam e se prostravam, os reis lançavam suas coroas aos seus pés. "Porque o Senhor, o SENHOR dos

Exércitos, é o que toca a terra, e ela se derrete" (Am 9.5). "Quem move a terra para fora do seu lugar, cujas colunas estremecem" (Jó 9.6). Um terremoto faz que a terra trema sobre seus pilares, mas Deus pode remover a terra de seu centro.

Ele pode fazer o que quiser, seu poder é tão grande quanto sua vontade. Se o poder dos homens fosse tão grande quanto suas vontades, quão terríveis seriam as coisas que fariam no mundo. O poder de Deus é de igual extensão à sua vontade. Com uma palavra pode remover as rodas e quebrar o eixo da criação. Ele pode fazer "mais do que ... pensamos" (Ef 3.20). Ele pode parar os agentes naturais. Ele calou as bocas dos leões; fez o fogo não queimar; fez as águas ficarem em pé como dois montes; ele fez que o Sol retornasse 10 graus no relógio solar de Acaz (Is 38.8). Quem pode apresentar onipotência? "Ele quebranta o orgulho dos príncipes" (SI 76.12). Ele contra-ataca seus inimigos abaixando suas bandeiras e suas faixas de orgulho, ridicularizando seus conselhos, quebrando suas forças; e tudo isso faz facilmente com um movimento de sua mão, "pelo sopro de sua boca" (SI 33.6; Is 40.24). Um olhar, um lance de seus olhos é o necessário para que Deus destrua seus inimigos: "Na vigília da manhã, o SENHOR, na coluna de fogo e de nuvem, viu o acampamento dos egípcios e alvorotou o acampamento dos egípcios" (Êx 14.24). Quem pode pará-lo em sua marcha?
Deus comanda e todas as criaturas no céu e na terra obedecem a suas ordens. Xerxes, o monarca persa, lançou correntes ao mar e as ondas as engoliram como se estivesse acorrentado às águas, mas quando Deus fala, o vento e o mar lhe obedecem. Se falar somente uma palavra, as estrelas brigam em seus cursos contra Sisera. Se ele bater o pé, um exército de anjos imediatamente se apresentará para a batalha. O que o poder do onipotente não pode fazer? "O SENHOR é homem de guerra" (Êx 15.3) "O teu braço é armado de poder" (SI 89.13).

O poder de Deus é "a força da sua glória" (Cl 1.11). É um poder irresistível. "Pois quem jamais resistiu à sua vontade?" (Rm 9.19). Contestá-lo é como se os espinhos se organizassem em marcha de batalha contra o fogo, ou, como se uma criança sensível lutasse com um arcanjo. Se o pecador for pego na rede de ferro de Deus, não há escapatória. "Nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos" (Is 43.13).

O poder de Deus é inexaurível, nunca passa ou se desgasta. Os homens, enquanto exercitam suas forças, se enfraquecem, mas Deus tem uma eterna renovação de força em si mesmo (Is 26.4). Embora Deus gaste suas flechas contra seus inimigos, mesmo assim não gasta sua força (Dt 32.23). "O SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga" (Is 40.28).

3. Deus limita o uso de seu poder segundo sua vontade

Deus não faz todas as coisas porque ele não pode negar a si mesmo. Embora Deus possa fazer todas as coisas, não pode fazer aquilo que manche a sua glória. Ele não pode pecar, não pode fazer aquilo que implica numa contradição. Ser um Deus da verdade e ainda negar a si mesmo é uma contradição.

Pecados de Omissão – John Owen (1616 – 1683)


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Você não mortificará nenhum pecado a não ser que, sincera e diligentemente, busque lidar com todo pecado.

Para colocar isto de modo bem simples, ao cristão não é dada a opção de decidir qual é o pecado na sua vida que precisa ser mortificado. Se o cristão não estiver comprometido com a mortificação de cada um e de todos os pecados na sua vida não alcançará sucesso na mortificação de um único pecado. Permitam-me explicar o que quero dizer de um modo ainda mais completo.
Um cristão é provado por um desejo pecaminoso. Este desejo pecaminoso (pense naquele que melhor se aplica a você) perturba o cristão. Está sempre derrotando-o e rodeando-o de modo que ele aspira por uma libertação completa. Não apenas isso, ele luta, na verdade, contra esse pecado, ora e lamenta quando é derrotado por ele. Ao mesmo tempo, contudo, há outros deveres da vida cristã que ele não leva muito a sério. Pode passar dias sem desfrutar de verdadeira comunhão com Deus. Pode ler sua Bíblia de um modo casual, negligenciando a meditação na Palavra de Deus e gasta pouco ou nenhum tempo em oração. Estes deveres negligenciados ou executados de modo indiferente na sua vida cristã são pecados (pecados de omissão), mas não o perturbam como o pecado do qual deseja ser liberto. Bem, o ponto que estamos procurando enfatizar é que o cristão não deve esperar obter libertação do pecado que o perturba enquanto não começar a tratar os outros pecados com a mesma seriedade.

Por que as coisas são assim? Há duas razões:

a) Esta tentativa de alcançar uma mortificação parcial se baseia num raciocínio falso. Sem ódio ao pecado como pecado (e não apenas ódio das suas conseqüências perturbadoras) e um sentimento do amor de Cristo na cruz, não pode haver a verdadeira mortificação espiritual. Ora, esta tentativa de mortificação não evidencia estar sendo motivada pelo ódio ao pecado como pecado e a um reconhecimento do amor de Cristo na cruz. Antes, o motivo é tão-somente o amor próprio. Certo pecado em particular perturba a paz desta pessoa e o seu bem-estar, e então ela luta contra este pecado simplesmente para obter novamente a paz e o bem-estar.

A esta pessoa um pastor fiel precisaria dizer:

Amigo, você tem negligenciado a oração e a leitura da Bíblia. Você tem sido descuidado quanto ao exemplo de vida que dá aos outros. Estas coisas são tão pecaminosas e más como o pecado que você está procurando vencer. Jesus derramou Seu sangue por esses pecados também. Por que você não se esforçou para vencê-los? Se você realmente odiasse o pecado, você seria tão vigilante em relação a tudo que entristece e perturba o Espírito Santo como está sendo em relação a este pecado que perturba sua alma. Acaso você não percebe que sua batalha contra o pecado se volta tão somente para a busca da sua paz e do seu bem-estar? Pensa que pode contar com a ajuda do Espírito Santo para livrá-lo do pecado que lhe perturba quando não demonstra nenhuma preocupação em lidar com outros pecados que O entristecem tanto quanto esse que perturba você?

O que quer que possamos pensar, a obra da mortificação que Deus requer é um comprometimento total com a mortificação de todo pecado. Se um cristão sinceramente pretende fazer o que Deus requer, pode contar com a ajuda do Seu Espírito. Se o cristão está apenas interessado em fazer sua própria obra (ou seja, simplesmente mortificar o pecado que o perturba) Deus o entregará a lutar pela sua própria força. O mandamento é: "purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus" (2 Cor. 7:1). Se fizermos alguma coisa, é mister que tentemos fazer todas as coisas.

b) Às vezes Deus usa um desejo pecaminoso forte e que não foi mortificado num cristão como um meio de discipliná--lo. Quando um cristão fica morno (Apoc.3:16ss.) e descuidado no seu andar com Deus, Ele, às vezes, permite que um desejo pecaminoso cresça, fique forte no seu coração, para que se torne numa chaga e num fardo para ele. Esta pode ser uma das maneiras de Deus disciplinar um cristão por sua desobediência, ou pelo menos despertá-lo para que atente para seus caminhos e seja chamado a uma mortificação total do pecado. Um exemplo semelhante a este se pode ver na maneira de Deus lidar com Israel nos dias dos Juizes (veja, por exemplo, Juizes 1:27 a 2:3 - especialmente 2:3).
Nota 1
Quando um cristão é atormentado por certo desejo pecaminoso que é tão forte que ele mal sabe como lidar com ele e controlá-lo, isto é geralmente o resultado de um andar descuidado com Deus ou de uma atitude de não levar a sério as advertências das Escrituras.
Nota 2
Às vezes Deus usa a chaga de certo desejo pecaminoso em particular para evitar ou curar algum outro mal. Foi esse o propósito de Deus ao permitir que um mensageiro de satanás perturbasse Paulo, impedindo dessa maneira que "ele se ensoberbecesse com a grandeza das revelações" que havia recebido (veja 2 Cor. 12:7). De igual maneira, pode ser que o Senhor tenha deixado que Pedro O negasse, como um meio de corrigir a exagerada confiança de Pedro em si mesmo.

Quem quiser mortificar qualquer forma perturbadora de lascívia na sua vida, de modo completo e aceitável, deve cuidar de ser igualmente diligente na obediência a todos os deveres aos quais Deus o chama. Deve, também, saber que todo desejo pecaminoso, toda omissão no cumprimento do dever, entristece a Deus. Enquanto houver um coração enganoso, que esteja preparado para negligenciar a necessidade de lutar pela obediência em cada área, haverá uma alma fraca que não está permitindo que a fé execute toda sua obra. Qualquer alma que se encontre numa condição tal de fraqueza, não tem o direito de esperar o sucesso na obra da mortificação.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Capítulo 1: Sua última Chance? - T.D Jakes


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Capítulo 1:
Sua última chance?

              A colheita se dá em duas etapas. A primeira envolve os cristão, que serão ajuntados para herdar a vida eterna. A segunda, os ímpios, que serão reunidos para serem destruídos. Quem não viver de acordo com a vontade de Deus, desobedecendo às Suas Leis, vai para o inferno. A Bíblia é clara quanto a isso!
              Você pode  achar que estou exagerando e não  se  importar  com o  fim dos  tempos, mas, como  um ministro  do  evangelho  de  Jesus  Cristo,  devo  pregar  a  verdade   quer  o  pecador aceite  ou  não.  A  responsabilidade  do  pregador  diante  de  Deus  e  da  humanidade  é  viver  e pregar a Palavra.

“Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta  dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu livraste a tua
alma.” Ezequiel 33.8,9

              Como um pregador das boas novas da graça salvadora de Deus, fui chamado para propaga a mensagem da cruz (veja 1 Co 2.1,2) e a virtude da ressurreição (veja Fp 3.10), que se tornou disponível por meio da vida, morte e  ressurreição de  Jesus Cristo. Se um pecador ouvir essa mensagem e recusar-se a arrepender-se, ele, e somente ele, arcará com as consequências. Como ministro da  reconciliação  (veja 2 Co 5.18), devo  falar  a verdade em  amor  (veja Ef 4.15). É a bondade de Deus que leva as pessoas ao arrependimento (veja Rm 2.4), não a Sua irou a ira da humanidade (veja Tg 1.20).
       Sob  a  orientação  e  inspiração  do  Espírito  Santo,  quando  nós, ministros  do  evangelho pregamos da maneira mais sincera e eficaz possível, aquele que ouve nossa pregação prestar contas a Deus pelo que ouviu. Torna-se sua responsabilidade pôr em prática tal mensagem (Tg1.22).

A escolha é sua

            Ao ouvir  a  verdade  e,  ainda  assim,  não  se  submeter e obedecer  à Palavra  de Deus,  ao olhos do Pai, os que assim o fazem não têm desculpa. Como cristão, você deve submeter-se obedecer à verdade ou sofrer as consequências. Assim como o ímpio, você não tem desculpa depois de confrontar-se com a verdade da Palavra de Deus. Você deve agir de acordo com o que passa a conhecer, pois, a quem muito é dado, muito será cobrado (veja Lc 12.48). Os que ouvem a verdade são inescusáveis.
Você não poderá dizer: “Senhor, eu não sabia o que estava fazendo de errado”. Se disser isso,  o  Senhor  responderá:  “Você  se  lembra  daquele  pregador  do  interior  que  pregou  para você um dia, com suor rolando de seu rosto? Ele disse a você que eu estava prestes a fazer o que havia prometido por meio dos profetas há algum tempo. Mas, você ignorou minha Palavra e não deu ouvidos ao meu aviso. Você teve sua chance de arrepender-se e mudar de vida”.

“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura,
diria ele e não faria? Ou falaria e não o confirmaria?” Números 23.19

       Em  outras  palavras,  Deus  não  é  coração mole.  Ele  não  é  movido  pela  lamentação  ou reclamação do homem. Sua Lei é claramente exposta na Bíblia. Cabe a você obedecer-lhe ou não.

O Deus da segunda chance

       O  Pai  celestial  está  sempre  disposto  a  dar  aos  Seus  filhos  rebeldes  a  oportunidade  de voltar-se  a  Ele  completamente,  sem  restrições.  Tudo  o  que  temos  de  fazer  é  confessar-lhe nossos pecados,  tendo a  certeza de que,  se  confessarmos  os nossos pecados,  ele  é  fiel  e  justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1.9).

Deus não quer condenar, mas redimir.

“Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.”
Romanos 8.1,2

            O Senhor  está  sempre  disposto  a  perdoar  e  restaurar,  desde  que  sejamos  sinceros  e abramos o coração a Ele. O  rei  Davi,  um  adúltero  e  assassino,  arrependeu-se  de  seus  pecados  e  desfrutou  da bondade e da misericórdia divinas.

“Tem misericórdia de mim, ó Senhor, pois a ti clamo todo o dia. Pois grande é a tua misericórdia para  comigo;  e  livraste a minha alma do mais profundo da  sepultura. Mas  tu, Senhor,  és um Deus cheio de compaixão, e piedoso, e sofredor, e grande em benignidade e em verdade.”  Salmo 83.3, 13, 15

       O amor do Pai por nós, Seus  filhos, é  tão grande que Sua mão se mantém estendida até nosso coração decidir render-se a Ele. 

Deus é verdadeiramente o Deus da segunda chance.

       Tudo  de  que  precisei  foi  uma  chance.  Quando  a  Palavra  de  Deus  tocou meu  coração dizendo para eu me afastar do mundo, deixei o pecado o mais rápido que pude. Quando disse adeus  aos meus  amigos,  eles  riram  de mim. Na  verdade,  eles  continuam  a  zombar  de meu ministério, imitando a maneira como louvo a Deus. Isso  não me  perturba,  pois  o mesmo  Espírito  Santo  que  recebi    anos  ainda  é  real  e presente  em minha  vida,  o  que  me  mantém  vivo,  santo,  justo  e  irrepreensível  perante  o Senhor.
     Enquanto meus amigos estão  fumando,  cheirando,  cumprindo pena na  cadeia e vivendo em  pecado,  estou  livre,  louvando  e  adorando  a  Deus.  Estou  desfrutando  da  liberdade,  da alegria e da paz que a vida abundante em Cristo Jesus proporciona. Casei muito bem e tenho filhos servindo ao Senhor, prosperando e proclamando o evangelho.
       Quando Deus abençoa você, Ele abençoa também sua família, seus negócios e seus bens. De acordo com Deuteronômio 28, o Senhor põe você por cabeça, e não por cauda.
       Enquanto seus  ex-amigos  vivem  como miseráveis,  você  pode  ter  alegria,  paz  interior  e vitória sobre os desejos da carne, pois Deus lhe dá isso. Ele é o Deus da segunda chance.

Com ou sem Cristo?

      Muitas  pessoas,  em  função  de  terem  alcançado  inúmeras  conquistas  e  realizações, enganam-se ao crerem que  sua prosperidade  seja exclusivamente  resultado da obra de  suas mãos. Odeio ser um estraga prazer, mas o que digo é verdadeiro.  Se você quiser experimentar o melhor que a vida  tem a oferecer, deve saber que, sem a direção, a orientação e o fortalecimento de Deus, nada poderá fazer.  Para experimentar  o melhor da vida, você precisa de Deus.

       Você pode alegar: “Mas, conheço ímpios que prosperam!” Aos olhos do mundo, talvez eles sejam  prósperos, mas  não  aos  olhos  de  Deus.  Para  o  Senhor,  tudo  o  que  esses  indivíduos obtêm não é nada. Saiba  do  seguinte:  somente  o  que  você  faz  para  Cristo  dura  eternamente.  Você  pode
conquistar ou adquirir muitas coisas aqui na  terra, entretanto, se essas coisas não estiverem de acordo com a vontade de Deus para a sua vida, serão insignificantes. O apóstolo Paulo considerou esterco (Fp 3.8), ou seja, um desperdício, tudo o que ele havia conquistado antes de submeter-se a Cristo.
       O que adianta ganhar o mundo inteiro e perder sua própria alma?
       Jesus disse:
 “Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.” João 15.4,5
        Você precisa do Senhor. Você pode ou não concordar comigo, mas precisa de Deus – mais do que seu cartão de crédito ou de seu pagamento, você precisa ser um com Cristo Jesus!
       Não estou falando de religião ou de assiduidade na  igreja com nome no rol de membros. Estou  falando  de  ter  a  alma  lavada  no  sangue  de  Jesus Cristo, o  Filho  unigênito  de Deus, o único e verdadeiro Deus.

Um argumento fraco

       Muitos não submetem sua vida a Deus usando como pretexto o comportamento hipócrita, condenável e ímpio de certos cristãos que eles conhecem. Contudo, apesar de sua desilusão e
do  fato de  indivíduos que dizem  ser cristãos agirem de maneiras que não glorificam a Deus, ninguém  será  absolvido  da  responsabilidade  individual  que  todos  têm  de  viver  conforme  a Palavra de Deus nos orienta.
       O apóstolo Paulo deixou isso bem claro em sua carta aos cristãos de Roma:

“Porque  do  céu  se manifesta  a  ira  de Deus  sobre  toda  impiedade  e  injustiça  dos  homens  que detêm  a  verdade  em  injustiça;  porquanto  o  que  de Deus  se  pode  conhecer neles  se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.” Romanos 1.18-20

       Os  ímpios  devem  entender  que,  apesar  da  postura  de  alguns  cristãos,  eles  não  têm desculpa: serão julgados por recusar-se a aceitar Cristo como seu Senhor e Salvador e a crer no nome do unigênito Filho de Deus.

“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” João 3.17,18
        No dia do Juízo Final, ninguém poderá dizer que não teve conhecimento de Deus e de Sua vontade. Como está escrito na Bíblia:

“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.” Romanos 1.20

       A glória e a majestade de Deus  se manifestam até mesmo na natureza, como o  salmista revela:

“Salmo de Davi para o cantor-mor] Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes.” Salmo 19.1-3

       Ao contemplar as maravilhas de Deus, deveríamos ser levados a considerar Sua grandeza e como nós,  a humanidade, pertencemos  à ordem divina da  criação. Observar o equilíbrio do universo  deveria  estimular-nos  a  inferir  que  ninguém  é  como  Deus.  Sua  própria  existência exige que o adoremos enquanto vivemos neste mundo.  Ninguém é como Deus; Sua própria existência exige que O adoremos.

       O  humanismo  não  é  mais  do  que  uma  tentativa  do  homem  de  igualar-se  a  Deus. Entretanto, apenas o ímpio é tolo o suficiente para crer que isso é possível ou o certo a fazer.
       O  apóstolo  Paulo  descreve  as  pessoas  que  dizem  ser  religiosas, mas  que  se  recusam  a adorar a Deus:

“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Romanos 1.21,22

Se não agora, então quando?
      
 Não seria terrível descobrir que houve certa vez uma grande colheita e que você, por sua ignorância e desobediência, não participou dela?
       Nada  causa mais  arrependimento  do  que  saber  que  algo maravilhoso  aconteceu  e  que você sequer ouviu dizer. “Mas eu estava prestes a entregar minha vida a Deus...”.
       Você  pode  até mesmo  ter  dito  aos  amigos  e  parentes:  “Eu  estava  pensando  em  aceitar Jesus...” E talvez eles tenham respondido: “Você brincou com Deus, pois esperou até o último
minuto para aceitá-lo! Agora, você se encontra perdido e sem ele.” “Eu ainda estava pesando a questão,  pois  tinha  algumas  pendências  a  resolver  e  uns  prazeres  a  experimentar”,  você sustentava. Hoje, com grande pesar, você se  lamenta: “Não sei por que não aceitei  Jesus antes. Tive várias oportunidades... Eu sabia que devia... Na verdade, quase o aceitei, mas achei que ainda não era a hora, e deixei para depois...”.
       Você titubeou e perdeu a colheita. Jeremias declarou: Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos (Jr 8.20). 
      Seja  você  homem,  mulher  ou  criança,  não  perca  a  colheita!  Você  pode  não  ter  uma segunda chance. Aceite Jesus como Senhor e Salvador antes que seja tarde. 

Não fique de fora da colheita!

FONTE: Trecho extraído do livro:  A Colheita. Autor T.D Jakes  

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