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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Muçulmana se converte ao ter uma visão de Jesus, na Líbia: “Ele brilhava como a luz”



Em locais de intensa perseguição religiosa, Jesus Cristo se revela em experiências sobrenaturais. (Foto: Reprodução)

Maizah fugiu de sua casa, na Líbia, depois que sua família descobriu sua nova fé. No entanto, ela tem sido conduzida pela certeza da presença de Jesus Cristo em sua vida.

São nos locais de intensa perseguição religiosa que Jesus Cristo se revela em experiências sobrenaturais e íntimas. Uma delas aconteceu com Maizah — uma jovem que, depois de se converter ao sonhar com Cristo, teve de fugir de casa, na Líbia.

Maizah cresceu frequentando diferentes mesquitas, em sua busca de conhecer a Deus. Em um momento de sua vida, ela escolheu viver sem religião, até que se deparou com uma intensa experiência com Jesus Cristo.

"Eu senti alguém tocar os meus pés", disse ela. "O quarto estava escuro mas, de repente, havia um homem que brilhava como a luz. Ele não parecia irreal, mas eu senti que não podia tocá-lo. Ele ficou de pé, ao meu lado. Eu senti a felicidade no meu coração apenas por causa de sua presença. ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida’, ele disse. Em seguida, ele se foi".

Duas semanas depois, a jovem e sua família foram forçadas a fugir da Líbia até o Egito, diante de uma guerra civil. No novo país, Maizah conheceu uma vizinha cristã que ensinou a ela um pouco mais sobre Jesus.

"Esta mulher era realmente honesta comigo. Pedi que ela me falasse sobre Jesus. Suas palavras falaram diretamente ao meu coração eu acreditei nela, eu senti que era verdade. Pedi que ela me mostrasse uma Bíblia, e pela primeira vez eu vi uma”, lembra Maizah.

"Um dia, eu disse a ela sobre o homem que vi no meu quarto. Ela me contou que era Jesus, e me mostrou um versículo da Bíblia na qual ele afirma: ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida’".

Mudanças
Maizah foi batizada no Egito, e quando retornou para a Líbia, passou a se reunir em uma igreja secreta, na casa de uma família cristã. Em 2013, a família foi presa e a polícia passou a procurar pela jovem. Com medo, ela decidiu fugir para o Egito, antes de se mudar para a Turquia.

Tempos depois, Maizah entrou em contato com sua família por telefone, e recebeu a notícia de que sua mãe havia sofrido uma paralisia. Ao saber disso, resolveu retornar para casa. O problema é que a doença era uma mentira.

Chegando em casa, seu irmão a conduziu para um quarto, onde ela foi espancada por um grupo de homens. Mesmo assim, Maizah conta que "estava consciente de que estava sendo protegida, e não sentia dor.”

Depois dessa situação, Maizah foi até a Tunísia para receber atenção médica. Com a ajuda de um médico, ela conseguiu escapar e encontrar refúgio em uma casa segura. De lá, ela viajou para um país ocidental, onde permanece até hoje.

FONTE: http://guiame.com.br/

quinta-feira, 31 de março de 2016

sonho profético: Uma mensagem de alerta para a Austrália- Daniel Werneck

Imagem cedida por: www.mapsofworld.com
Amados, tenho uma mensagem bastante séria para compartilhar com os irmãos, principalmente com aqueles que vivem na Austrália. 

Ontem a noite estava no monte, e Deus usou uma de suas servas que me disse que o Senhor falaria comigo naquela noite. Eu não sabia o que seria mas como isso já tinha acontecido outras vezes, sabia que era através de um sonho ou visão.

Nesta Madrugada, o  Senhor me deu o seguinte sonho:

Sonhei que estava na Austrália, mas especificamente no território do Norte, na cidade de Darwin, capital daquela província.  Eu estava com minha esposa. andávamos pelas ruas da cidade. 

Achei estranho por que não conheço o país  mas já tinha estudado e pesquisado sobre ele anos atrás.

Não lembro o motivo de estar lá mas começamos a andar. em determinado momento pegamos uma van para ir a certo lugar ( hospital) e ao entrar já tinha algumas pessoas sentadas e ao sentar, não pude ficar ao lado de minha esposa visto que já tinha um Senhor australiano de certa idade na parte de trás e no banco do meio. então eu fico de um lado da janela e ela de outro. 

 Ao chegar ao hospital, comecei a andar pelos corredores. Então percebi que do lado de fora da cidade, ao olhar pelas janelas, vi que a temperatura caiu drasticamente. não era comum aquele tipo de temperatura naquela região visto que a cidade fica mais próxima da linha do equador do que qualquer outra cidade Australiana. De clima quente a frio foi bem rápido.
 
Eu via que oscilava entre dois graus positivos a dois graus negativos. via até o vento frio e neblina fria vindo sobre a cidade.

Eu olhava pelas janelas, andando e eu via nas ruas e prédios aquele vento frio vindo, característico de queda de temperatura


Até o chão aos poucos ia ficando gelado.Vi os arranha céus, praças, estradas, típica de a cidade de pais de primeiro mundo de língua inglesa. percebi os detalhes da cidade da mesma forma que nesta foto:
   
Imagem cedida por: www.australian.com
 
Então lá comecei perguntar a algumas pessoas porque a temperatura estava caindo tão rápido em Darwin.

Tentei falar em inglês com uma pessoa e ela se esquivava e não queria me falar...

Eu via uma pessoa, jovem mulher que parte da barriga dela estava arrancada e foi um tubarão que tinha arrancado. Creio que por isso ela estava naquele hospital e me tratou insipidamente.

Outras pessoas entendiam e falavam comigo algo na língua do português de Portugal

E em uma sala perguntei a uma mulher (enfermeira) o porquê da temperatura está caindo rapidamente em Darwin e que não era comum aquilo naquela cidade.

Então ela me disse que era por causa das abelhas. As abelhas teriam acordado, começado a trabalhar (nos campos e onde pudesse colher néctar, etc)  e que por isso a temperatura teria caído muito em toda cidade.

Lembro me de em certo momento, começava a andar descalço saindo do hospital e na cidade.
 
Acordei e me lembro até aqui.

Acordei pouco antes das 04: horas da manha, sem sono e fui orar.  não consegui mais pegar no sono. Mas ao meditar no sonho, entendi que o seu significado seria o seguinte: 


A mensagem é para a nação. a cidade de Darwin toda arrumada, e organizada, simboliza a igreja do Senhor no país. é pequena, organizada, limpa, ordeira e quente da mesma forma que a cidade de Darwin o é. 

O hospital simboliza Jesus,  através o Espírito Santo cuidando dos crentes, cuidando da feridas, tratando dores, que trata dos crentes. 

A frieza que chegava, era provocada pelas abelhas que simboliza os demônios que foram despertados que estavam tirando as forças dos crentes e consumindo suas forças, iria trazer frieza espiritual para uma igreja que era quente. 

A enfermeira simboliza um enviado de Deus, ou alguém que tem chamado que trouxe a revelação de que eram as abelhas que estavam provocando tudo aquilo. 

a jovem com mordida de tubarão era uma crente que foi atacada pelo inimigo e que por ter consumido algo de sua vida e não foi tratada ou estava machucada ainda daquela forma, não sabia dizer o que seria a frieza e o tratamento ríspido já demonstrava isso. 

o fato deu andar descalço a partir de certo momento foi que quando a frieza chegou, era para eu estar com sandálias mas não estava. Sandália fala de proteção para os pés. Fala de levar o evangelho. 

como levar o evangelho em uma cidade / igreja / campo onde tudo esta frio? as pessoas logo acabariam se "trancando" para se aquecer em suas casas.... em si mesmas.... 

Logo, faço um apelo para que os irmãos daquela nação que estão vendo essa mensagem possam despertar e entender que o diabo esta preparando um grande laço para aquela igreja que a vai atingir de forma geral.    E o fervor espiritual poderá acabar e perder o primeiro amor como a igreja de Éfeso em apocalipse. 

conclamem um Jejum. 

Orem pela nação

Clamem por um avivamento!


Não deixem o inimigo apagar a chama do Espírito Santo que ainda arde na igreja fiel. 


Que Deus os abençoe!   

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

EVANGELISMO MUNDIAL - Billy Graham

Imagem cedida por: www.digitaljournal.com/article/261049

E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim" (Mateus 24:14).
No ano de 1500 a Bíblia só fora impressa em quatorze idiomas. Já em 1800 o total subia a setenta e uma línguas, e em 1965 estava impressa em mais de 1250 línguas e dialetos. Acrescentemos a isso os recursos do rádio e da televisão, bem como os programas missionários intensivos desde a Segunda Guerra Mundial. Existem poucos lugares no mundo, em nossos dias, onde não se possa ouvir o Evangelho. Devido às viagens, comunicações e técnicas modernas é possível que a profecia de Mateus 24:14 esteja sendo cumprida, pela primeira vez, em nossa geração.

Existem muitos outros sinais do fim, revelados na Bíblia, mas que não posso mencionar por falta de espaço neste livro. Uma coisa, no entanto, sabemos com certeza: Jesus Cristo virá. Não sei quando, em que hora, dia, mês ou ano. É errado e contra a Escritura tentar marcar a data do regresso de Cristo. Só Deus sabe quando Ele virá, mas a Bíblia diz que Ele regressará à terra. Não há possibilidade de que as nações do mundo resolvam os problemas da natureza humana antes que Ele regresse.

Uma coisa sabemos, e essa é que a vinda de Cristo está mais próxima do que acreditávamos de início. Pode ser que muitos desses acontecimentos se apresentem antes de esta geração ter passado. Disse o poeta Campbell: "Os acontecimentos vindouros enviam antes sua sombra." O que vemos suceder hoje pode bem ser uma preparação para a intervenção de Deus nas questões humanas, com o novo advento de Jesus Cristo. Paulo disse aos cristãos que se consolassem "uns aos outros com estas palavras" (I Tessalonicenses 4:18).

QUE  FAZER?

Para o cristão nem tudo está perdido, a menos que os seus afetos estejam centralizados nas coisas deste mundo. Se houvermos vivido uma vida dedicada a Deus, formando tesouros no céu, com nossos afetos dedicados às coisas de cima, nesse caso não temos motivo para desespero e desânimo. Pode ser esta a hora antes do amanhecer, quando Cristo regressará.
Diante desses acontecimentos em marcha rápida, qual deve ser nossa atitude?

1. PREPARAR-SE  COM  URGÊNCIA

Disse Jesus: "Por isso ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (Mateus 24:44). Estaremos pronto para recebê-Lo, se Ele vier hoje? Em muitas passagens, a Bíblia nos avisa para estarmos prontos, e podemos dizer que se trata de um apelo baseado no temor. "Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa" (Hebreus 11:7).

A palavra "temor" pode ser traduzida por "pavor". Noé estava apavorado ante a perspectiva dos acontecimentos vindouros, e foi esse "temor" o que o levou a construir a arca.

2. ESPERAR  COM  PACIÊNCIA

"Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque ainda dentro de pouco tempo aquele que vem virá, e não tardará" (Hebreus 10:36, 37).
O nascimento de Isaque, prometido a Abraão e Sara, tardou bastante, mas a promessa de Deus se realizou mesmo quando parecia impossível.

3. OBSERVAR  COM  ANTECIPAÇÃO

Foi Matthew Henry quem escreveu: "Observar implica não só a crença de que nosso Senhor virá, mas também o desejo de que Ele venha, pensar freqüentemente em Sua vinda, e encarar sempre Sua vinda como certa, ainda que o ano e a ocasião em que isso ocorra sejam incertos."

"Aguardamos com ansiosa expectativa a vinda do Senhor Jesus Cristo" (Filipenses 3:20, Weymouth). O Apóstolo Paulo escreveu a Tito, dizendo: "Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus" (Tito 2:13).
Depois de ouvir um ministro pregar sobre a segunda vinda de Cristo, a Rainha Vitória declarou: "Meu desejo é que Ele venha enquanto eu estiver viva, de modo que eu possa tomar minha coroa e depositá-la a Seus pés."

4. TRABALHAR  COM  ZELO

"Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim" (Mateus 24:46). Algumas pessoas acham que, se Cristo está vindo, nesse caso de que serve continuarmos em nossas obras? Por que não parar de trabalhar e observar? Foi esse um dos problemas dos tessalonicenses, aos quais Paulo escreveu afirmando que Cristo viria. O apóstolo lhes explicou alguns dos detalhes sobre os últimos dias, e insistiu com eles para que se pusessem a trabalhar. A esperança da vinda de Cristo nos deveria, a todos, fazer trabalhar com mais afinco, de modo que "não nos afastemos envergonhados na sua vinda" (I João 2:28).

Para os cristãos, a vinda de Cristo será um momento glorioso, e para os que estão fora de Cristo será a maior de todas as calamidades, uma separação trágica, um desapontamento inacreditável. Mas para os que se acham prontos, que consumação gloriosa! Entre as últimas palavras da Bíblia encontramos: "Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus."

FONTE: extraído do livro "mundo em chamas"  do Reverendo Billy Graham. tradução de Afonso Blacheyre. Editora Betânia. 

sábado, 5 de janeiro de 2013

MISSÃO: Evangelizar é preciso.

Estrada que vai do povoado "dos Damião" aos sítios Pedrinhas e Poços D´água. 

(Tiago 1:27) -  A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo. 

A paz do Senhor para todos os leitores. Estou expondo aqui um pouco do que faço aos dias de sábado a tarde, que é evangelizar, visitar os crentes, pregar a palavra e dar atenção também aos humildes. Tenho um companheiro de Viagem chamado irmão Adelmo, um Senhor de 60 anos sempre disposto a levar a palavra aos perdidos. estamos indo muitas vezes onde ninguém quer ir, mas esta é a nossa missão. continue orando por nós e vejam um pouco do nosso trabalho através das fotos. 
Casa visitada no povoado Macena
Povoados, sítios e fazendas estão na nossa rota.

Irmão Adelmo se preparando para evangelizar
As fotos são uma representação do que fazemos, e retratamos isto para mostrar como é feito o trabalho de evangelismo na zona rural. Nem sempre é possível tirar foto ou se deve; nosso objetivo é levar o evangelho mas estas são pra ficar registrado a importância que se tem de se levar a PALAVRA DO SENHOR a TODAS as pessoas sem distinção. 
Povoado dos "Damião" visto de longe

Partindo de um sítio para outro por estrada de chão
Visitando uma Idosa de 94 anos enferma
Fotos, imagens de santos muito comuns utilizadas por sertanejos na zona rural
Um fato curioso que costumamos encontrar nas casas são muitas imagens, fotos dos mais variados tipos de santos devido a uma prática antiga do sertanejo de se apegar a ídolos e imagens para fazer suas preces. Mais isto tem mudado com a pregação do evangelho. pessoas e mais pessoas estão tendo consciência que Jesus é suficiente em tudo e em todos. 

Um forte abraço a todos! continuem orando por nós!

terça-feira, 3 de julho de 2012

O Evangelho Deve Ser Oferecido aos Réprobos? John Bunyan

Imagem cedida por: http://www.thebookofdays.com/months/aug/31.htm  

Deus quer de fato e de verdade, que o evangelho, com a graça do mesmo, seja oferecido para aqueles que Ele tem sujeitado à Eterna Reprovação?

Para esta questão eu devo responder:

Primeiro, na linguagem de nosso Senhor: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." (Marcos 16:15), e novamente, "Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra;" (Is 45:22 ). "E quem quiser, tome de graça da água da vida" (Apocalipse 22:17). E a razão é que, como Cristo morreu por todos, "provou a morte por todos os homens" (2 Cor 5,15; Hb 2:9), é "o Salvador do mundo" (1 João 4:14), e é a propiciação pelos pecados de todo o mundo.

Segundo, eu vou obter isso daquelas várias censuras que vão sobre cada um que não recebe a Cristo, quando oferecido na geral proposta do evangelho."Quem não crer será condenado” (Mc 16:16); "quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu." (1 João 5:10), e, Ai de ti Cafarnaum, "Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! "(Mt 11:21), com muitas outras declaraçãoes, todas com a mesma fórmula, com muitas outras da mesma natureza, carregam em si um argumento muito forte para este fim. 

Porque, se aqueles que perecem nos dias do evangelho, devem ter, ao menos, a sua condenação aumentada, por negligenciar e se recusar a receber o evangelho, faz-se necessário que o evangelho tenha sido oferecido a eles com toda fidelidade. O que não pode acontecer, a menos que a morte de Cristo se estenda a eles (João 3:16, Hb 2:3); porque a oferta do evangelho não pode, com a permissão de Deus, ser uma oferta que vá além de onde vai a morte de Cristo, porque se essa é tirada, certamente não há evangelho, nem graça a ser estendida.

Além disso, se por “toda criatura”, e assim por diante, devem ser entendidos somente os eleitos, então todas as persuasões do evangelho são, no entanto, sem qualquer efeito. Porque os ainda não convertidos, que aqui estão condenados por recusá-lo, podem responder rapidamente: "eu não sei se eu sou eleito e, portanto, não me atrevo a ir à Jesus Cristo, porque a morte de Jesus Cristo, e assim a proposta geral do evangelho, diz respeito somente aos eleitos; eu, não sabendo se sou um desses, estou em uma poderosa queda; nem sei se é o maior pecado, crer, ou desesperar: porque eu digo novamente,se Cristo morreu apenas pelos eleitos, então, não sabendo se sou um desses, não me atrevo a crer no evangelho, porque Ele reteve o seu sangue para me salvar, ou melhor, acho que, com segurança, não posso fazê-lo, até que eu primeiro saiba se sou eleito de Deus, e que fui ordenado a fazer isso.."

Terceiro, Deus o Pai e seu Filho Jesus Cristo, queriam que todos os homens, quem quer que eles sejam, fossem convidados pelo evangelho a se apoderar da vida por meio de Cristo, quer eleitos ou réprobos. Pois, embora seja verdade que exista tal coisa como eleição e reprovação, ainda assim Deus, através da proposta do evangelho no ministério da sua palavra, olha para os homens sob uma outra consideração, a saber, como pecadores e é como pecadores que os convida a crer, se apoderar e abraçar o mesmo. Ele não disse a seus ministros: Ide e pregai aos eleitos, porque eles são eleitos, e calem-se aos outros, porque eles não são eleitos. Mas disse: Ide e pregai o evangelho aos pecadores como pecadores; e como eles são pecadores, ide e ordene que venham a mim e assim vivam. E isso deve ser assim necessário, de outro modo o pregador nem poderia falar em fé, nem as pessoas ouvir sobre a fé.

Primeiramente, o pregador não poderia falar em fé, porque ele não sabe distinguir os eleitos dos réprobos. Nem eles poderiam ouvir em fé, porque, como não-convertidos, eles também seriam sempre ignorantes desse fato. Então, o ministro não saberia a quem deveria oferecer a vida, nem as pessoas que dele estão a receber. Como poderia a palavra, agora, ser pregada em fé com poder? E como poderia o povo crer e a abraçar? Mas agora o pregador oferece misericórida aos pecadores, como sendo eles pecadores. E essa é a maneira preparada para a palavra ele falar em fé, porque seus ouvintes são pecadores, sim, e também encorajamento para as pessoas receberem e se envolverem com isso, eles compreenderão que eles são pecadores”. 1 Timóteo 1:15 e.Lucas 24:46, 47..

Quarto, o evangelho deve ser pregado aos pecadores como sendo eles pecadores, sem distinção de eleitos ou reprobos; porque nem um nem outro, quando são considerados sobre esses fatos, são aptos a abraçar o evangelho: porque nem um fato nem o outro, faz cada um deles pecadores; mas o evangelho é para ser oferecido aos homens como sendo eles pecadores, e pessoalmente sob a maldição de Deus pelo pecado: portanto, oferecer a graça aos eleitos porque eles são eleitos é oferecer a graça e a misericórdia a eles não os considerando como pecadores. E, eu digo, negá-la aos réprobos por não serem eleitos, é não somente uma negação da graça a eles por pensar que eles não tem necessidade dela, mas também é dar ocasião para que estes a dispensem.

E volto a repetir, portanto, que oferecer Cristo e a graça ao homem eleito, como simplesmente assim considerado, não administra-lhe nenhum conforto, se ele não for, aqui, um pecador. E assim não engajam o coração a Jesus Cristo,....Sim, e também, negar o evangelho ao réprobo, porque não é um eleito, não vai, absolutamente, incomodá-lo; pois diz: Então eu não sou um pecador, e assim não necessito de um Salvador. Mas agora, como os eleitos não têm necessidade da graça em Cristo, por meio do Evangelho, a não ser como sendo eles pecadores; nem os réprobos causa para recusá-lo, a não ser como sendo eles pecadores; Cristo, portanto, pela palavra do evangelho, deve ser oferecido a ambos, sem considerar se são eleitos ou reprobos, mas como pecadores. "Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.” Marcos 2:17,. 2 Cor 5:14,15, Lucas 7:47.

Assim você percebe que o evangelho é para ser oferecido a todos em geral, tanto aos reprobos como aos eleitos, aos pecadores como pecadores, e assim eles estão a recebê-lo, e fecham com a proposta recebida 

Bunyan, “Reprobation Asserted,” in The Works of John Bunyan, (Banner of Truth, 1991), 2:348-349.


Fonte:a indicação desse texto veio de http://calvinandcalvinism.com/?p=31 que postou o capítulo 9 de forma parcial. A ressaltação em negrito de algumas partes do texto segue a ressaltação feita por esse site. O restante do capítulo foi retirado da versão digital do livro disponivel em http://books.google.com.br. As páginas da versão em pdf são 393-394.

Tradutor:  Emerson Campos Pinheiro.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Investindo a 400% Hudson Taylor

Imagem cedida por: http://www.portaldemissoes.com.br/pt/artigos/biografias/393-hudson-taylor


Certa noite, após ter concluído meu último culto, às dez horas, um pobre homem veio pedir-me que fosse orar por sua esposa, dizendo que ela estava moribunda. Concordei de imediato, e a caminho da casa dele perguntei-lhe por que não chamara o padre, posto que seu sotaque me indicava que ele era um irlandês (os irlandeses são católicos em sua grande maioria) . Segundo explicou, assim o fizera, mas o padre se recusara a vir sem o pagamento adiantado de dezoito pence, que o homem não possuía, porquanto a família estava passando fome.
Imediatamente ocorreu-me que todo o dinheiro que eu tinha neste mundo era uma solitária moeda de meia coroa; além disso, ainda que me esperasse em casa a tijela na qual eu usualmente ia buscar o meu jantar, e mesmo que havia o suficiente para meu desjejum na manhã seguinte, nada me restava para almoçar no outro dia.
O homem me levou por um miserável lance de escada até um destroçado quarto; e que visão se apresentou perante os nossos olhos! “Ah!”, pensei eu, “se eu tivesse dois xelins e seis pence, em lugar de meia coroa, quão alegremente eu lhes daria um xelim e seis pence!” Todavia, uma desgraçada incredulidade impediu-me de obedecer ao impulso de aliviar a aflição deles ao custo de tudo quanto eu possuía.
“Você pediu-me que viesse e orasse por sua esposa”, disse eu ao homem. “Ajoelhemo-nos e oremos”. E nos ajoelhamos. Mas, nem bem eu abrira meus lábios dizendo “Nosso Pai, que estás no céu”, a consciência me acusou dentro em mim: “Ousas zombar de Deus? Tens a coragem de te ajoelhares e de chamares a Deus de Pai, tendo meia coroa no bolso?” Tal foi o conflito que me assaltou, que nunca antes nem depois experimentei igual. Como consegui terminar aquela forma de oração, não sei; nem sei dizer se as palavras tinham nexo ou não; contudo, levantei-me dali com profunda angústia na mente. O pobre pai voltou-se para mim e disse: “O senhor está vendo a triste condição em que nos achamos; se pode ajudar-nos, ajude-nos pelo amor de Deus!” Foi nesse momento que brilharam em minha mente as palavras: “Dá-lhe o que te pede”. Enfiei a mão no bolso e retirei lentamente dali a moeda de meia coroa. Entreguei-a ao homem, dizendo-lhe que aquilo que eu vinha procurando dizer-lhe era realmente verdade – que Deus é mesmo um Pai, e que se pode confiar nEle. A alegria voltou completa ao meu coração. Dali por diante pude declarar toda a verdade com autêntico sentimento, e o empecilho para a bênção desaparecera – desaparecera para sempre, conforme confio.
Lembro-me bem de como naquela noite, quando me dirigia para casa, meu coração sentia-se tão leve quanto o meu bolso. Quando tomei minha tijela de mingau, antes de retirar-me para meu quarto, não a trocaria nem pelo banquete de um príncipe. Ao ajoelhar-me ao lado de meu leito, lembrei o Senhor, pela sua própria Palavra, que aquele que dá ao pobre empresta ao Senhor: roguei-Lhe que o meu empréstimo não fosse por muito tempo, pois doutro modo eu não teria o que almoçar no dia seguinte; então, sentindo paz interior e gozando de tranqüilidade, passei uma feliz noite de descanso.

Na manhã seguinte, minha tijela de mingau não faltou. Antes de terminá-la, ouviu-se o carteiro que batia à porta, e pouco depois a proprietária da pensão veio entregar-me um envelope, com a mão molhada coberta pelo avental. Pus-me a olhar para o envelope, mas não pude atinar de quem era a letra. Era a caligrafia de um estranho, ou uma caligrafia disfarçada, e o carimbo do correio estava borrado. De onde viera, eu não sabia dizer. Ao abrir o envelope, nada encontrei escrito; porém, dentro da folha de papel em branco havia um par de luvas. E, ao abri-las, para minha surpresa caiu meio soberano.

“Louvado seja o Senhor!” exclamei. “Quatrocentos por cento por um empréstimo de doze horas, é um ótimo lucro. Quão satisfeitos ficariam os negociantes de Hull, se pudessem emprestar seu dinheiro a uma taxa tão alta!” E naquele exato instante tomei a resolução de que um banco que não pode falir é que receberia as minhas economias ou proventos, conforme fosse o caso – uma determinação da qual até hoje não me arrependi.


FONTE: http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=85

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Calvinismo Aniquila o Evangelismo? - Ernest Reisinger

Imagem cedida por: http://iigdjdvarginha1.com/Evangelismo.htm

A resposta desta pergunta é “sim” e “não”. Sim, o calvinismo aniquila o evangelismo antibíblico centralizado no homem e alguns dos métodos antibíblicos e carnais empregados nesse tipo de evangelismo.

Não, o calvinismo não destrói o evangelismo centralizado em Deus, no qual os métodos bíblicos são utilizados na grande obra de cumprir o mais evidente mandamento de nosso Senhor.
Antes de falar sobre evangelismo e calvinismo, talvez seja prudente fazer alguns comentários gerais a respeito de conceitos errados sobre o calvinismo. Existem fanáticos a favor do calvinismo, assim como existem fanáticos contrários a ele. Este assunto nos apresenta indagações cruciais, importantes e imprescindíveis em nossos dias. Temos ouvido perguntas sinceras, especialmente da parte de seminaristas e pastores recém-ordenados.
Não há dúvida de que os fundadores e o corpo docente do primeiro seminário Batista do Sul, bem como a maioria dos primeiros pastores batistas, eram calvinistas, por comprometimento e experiência.
Os calvinistas não seguem João Calvino
Os princípios elementares dos dois grandes sistemas de teologia se encontram ou no calvinismo ou no arminianismo. Entretanto, estes sistemas teológicos existem desde muitos séculos antes de João Calvino haver nascido. Naquela época, eles eram chamados agostinianismo e pelagianismo, de acordo com os nomes dos homens que os definiam, no século V. Com justiça, o calvinismo poderia ser chamado de agostinianismo, e não significaria que estamos seguindo Agostinho em direção à Igreja Católica Romana; pelo contrário, significa que somos seguidores dos princípios de teologia que Agostinho ensinou. De fato, John A. Broadus, um grande batista do Sul, do século XX, estava certo quando declarou que este sistema de teologia retrocede ao apóstolo Paulo. Por isso, Broadus chamou o calvinismo de “aquele sublime sistema da verdade paulina”.
Calvino pode ter sido o homem que elaborou, pela primeira vez, aqueles princípios doutrinários em um sistema formal. Mas, como já dissemos, os princípios doutrinários não se originaram com João Calvino ou com Agostinho, e sim com o apóstolo Paulo. Por conseguinte, os calvinistas não seguem a João Calvino; pelo contrário, nos apegamos aos princípios doutrinários que ele formulou em um sistema de doutrina cristã. (Isto também é verdade a respeito do Credo dos Apóstolos. Esse credo não foi escrito pelos apóstolos. As verdades bíblicas do credo foram sistematizadas muitos anos depois que os apóstolos haviam partido para receber sua recompensa.) Conseqüentemente, cometemos um grave erro quando afirmamos ou deixamos implícito que somos seguidores de João Calvino. Não batizamos infantes, nem concordamos com a queima de hereges. Podemos dizer, com certeza, que, assim como o pelagianismo é o progenitor do arminianismo, assim também o paulinismo e o augustinianismo são os pais do calvinismo.
O fundamento doutrinário do calvinismo não é a predestinação
Além disso, o princípio doutrinário sobre o qual todo o calvinismo se alicerça não é a predestinação. Não. O ensino primário do calvinismo se fundamenta em um alicerce mais amplo, o ensino que podemos dizer (e não estamos exagerando em dizê-lo) refere-se à própria natureza e caráter de Deus. O único fundamento sobre o qual o calvinismo está edificado é a absoluta e ilimitada soberania de Deus. Na realidade, o calvinismo afirma e enfatiza a doutrina da soberania de Deus, sendo esta doutrina a fonte de onde fluem todos os outros princípios do ensino calvinista.
É importante entendermos que o calvinismo não está centralizado, primariamente, em sua doutrina de predestinação, considerada de maneira isolada. A predestinação é simplesmente o resultado ou a aplicação da soberania de Deus em referência à salvação. O calvinismo afirma que a soberania de Deus é suprema na salvação, assim como em todas as outras coisas.
Nossa herança calvinista
Ao considerarmos o nosso passado, em busca de nossa origem, não podemos esquecer alguns dos pais e líderes de nossa grande Convenção Batista do Sul que eram calvinistas firmes e comprometidos.
Por exemplo, considerem Basil Manly. Um historiador disse que Manly desempenhou a função de regente ao orquestrar os acontecimentos que resultaram na fundação de uma convenção batista conservadora. Manly elaborou uma resolução de seis pontos que levou à separação entre os batistas do Norte e os do Sul. Esta resolução foi “aprovada de pé e com unanimidade”. Basil Manly era um calvinista de primeira ordem.
Em um sermão intitulado “Eficácia Divina em Coerência com a Atividade Humana”, Manly disse a um grupo de pastores:
Não abandonemos a doutrina da atividade e da responsabilidade do homem ou a doutrina da soberania e da eficácia de Deus. Por que elas deveriam ser consideradas incoerentes? Ou por que deveriam aqueles que se apegam a uma se mostrar dispostos a duvidar, desacreditar ou rejeitar a outra? Manly continuou:
A grande razão.... por que a família cristã está dividida em dois lados, cada qual rejeitando uma ou outra destas grandes doutrinas, é que a doutrina da de- pendência do Ser Divino nos lança constantemente nas mãos e na misericórdia de Deus. O homem orgulhoso não gosta disso; ele prefere olhar para o outro lado do assunto; torna-se cego, em parte, por contemplar apenas um lado da verdade, e se esquece do Criador, em Quem ele vive, se move e tem sua existência.
Considere James P. Boyce, o principal fundador do primeiro seminário — (Seminário Teológico Batista do Sul — EUA). Muito depois da morte de Boyce, um de seus ex-alunos, Dr. David Ramsey, apresentou uma mensagem, no Dia dos Fundadores, em 11 de janeiro de 1924, intitulada “James Petigru Boyce, o Excelente Homem de Deus”. Poucas linhas desta mensagem do Dr. Ramsey nos mostrarão que Boyce era um calvinista comprometido e que, ao mesmo tempo, amava a alma dos homens.
Meu argumento é que nenhuma outra teologia, além da teologia caracterizada por um amor avassalador e consumidor para com os homens, explica James P. Boyce e seu ministério. Este amor apaixonado foi o elemento que direcionou seu modo de pensar naquelas primeiras conferências e na elaboração dos documentos que levaram ao estabelecimento do seminário. O propósito de ajudar seus colegas permeava todos os seus planos, sua conversa, seus escritos, sua pregação, seu ensino, assim como o filete escarlate permeia todas as cordas dos navios da marinha inglesa. Este zelo pelas almas exigiu o melhor do ser de Boyce, assim como o sol da manhã leva as flores e plantas carregadas de orvalho a se curvarem ao deus do dia.
O amor de Boyce por seus colegas era tal que, depois de sua morte, o rabino Moses, de Louisville, disse a respeito dele:

Antes de vir para Louisville, eu conhecia o cristianismo somente em livros. Foi por meio de homens como Boyce que aprendi a conhecer o cristianismo como uma força viva. Nesse homem, aprendi não somente a compreender, mas também a respeitar e a reverenciar o poder chamado cristianismo. Boyce não somente amava os homens, ele amava a Deus. Ramsey disse sobre este assunto:
Nosso pensamento deve envolver tanto o amor subjetivo como o objetivo: o amor do homem para com Deus e o amor de Deus para com o homem. O amigo íntimo de Boyce e co-fundador do seminário, John A. Broadus, expressou seus próprios sentimentos a respeito da teologia de Boyce, a qual chamamos calvinismo: ‘Foi um grande privilégio ser dirigido e instruído por um professor como Boyce, em estudar aquele sistema de verdade paulina que é tecnicamente chamada de calvinismo, que impulsiona um estudante sincero a pensar de maneira profunda; e, quando persuadido por meio de uma combinação de pensamento sistemático e experiência fervorosa, tal estudante é levado a sentir-se em casa entre os mais inspiradores e enobrecedores pontos de vistas sobre Deus e o universo que Ele criou.
O legado que Boyce nos outorgou é a teologia bíblica expressa na obra Abstract of Systematic Theology (Sumário de Teologia Sistemática), que não é nada mais do que o assunto de suas aulas — o puro calvinismo. Em defesa do calvinismo de Boyce, William A. Mueller, autor de A History of Southern Baptist Theological Seminary (Uma História do Seminário Batista do Sul), disse:
Como teólogo, o Dr. Boyce não tem medo de andar nos antigos caminhos. Ele é conservador e eminentemente bíblico. Dr. Boyce trata com grande imparcialidade aqueles cujos pontos de vista ele se recusa a aceitar, após discussão; mas, em seu ensino ele é resolutamente calvinista, seguindo o modelo dos antigos teólogos. Dr. Boyce procura esclarecer as dificuldades relacionadas a doutrinas tais como: Adão — o cabeça da raça humana, a eleição e a expiação; ele faz isso não para silenciar aqueles que apreciam a controvérsia, e sim para ajudar o investigador sincero.
O Rev. E. E. Folk, no jornal Baptist Reflector (Refletor Batista) comentou sobre as habilidades de Boyce e seus frutos como professor de teologia:
Você tinha de conhecer bem a sua própria teologia, pois, do contrário, não poderia descrevê-la perante o Dr. Boyce. E, embora os jovens alunos fossem, em sua maioria, arminianos, quando chegavam no seminário, poucos continuavam seguindo esta teologia, pois, estando sob o ministério do Dr. Boyce, muitos dos jovens alunos se convertiam às vigorosas opiniões calvinistas dele.
Boyce e Manly eram calvinistas convictos. E não eram os únicos. A teologia deles não era algo incomum nos primeiros dias do Southern Baptist Theological Seminary (Seminário Batista do Sul). W. B. Johnson, o primeiro presidente da Convenção Batista do Sul (EUA), era calvinista, assim como o eram R. B. C. Howell e Richard Fuller, segundo e terceiro presidentes da Convenção. B. H. Carroll, fundador do Seminário Batista do Sudoeste, em Fort Worth, Texas, também era calvinista. Patrick Hues Mell, presidente da Convenção Batista do Sul por 17 anos, foi um polêmico defensor do calvinismo, mais do que qualquer outra pessoa. A Sra. D. B. Fitzgerald, hóspede por vários anos na casa de Patrick H. Mell e membro da Igreja Anthioc (em Oglethorpe, Geórgia), da qual ele era o pastor, recorda os esforços iniciais de Mell na igreja:
Quando o Dr. Mell foi chamado para assumir o pastorado da igreja, esta se encontrava em triste estado de confusão. Ele disse que certos membros estavam se encaminhando ao arminianismo. O Dr. Mell amava demais a verdade, para respirar duas teologias distintas ao mesmo tempo. A igreja era batista e tinha de confessar doutrinas peculiares àquelas que a denominação lhe ensinava. Por isso, com aquela ousadia, clareza e vigor de linguagem que lhe eram característicos, o Dr. Mell pregava aos membros da igreja as doutrinas da predestinação, eleição, graça soberana, etc. Ele disse que seu dever era pregar a verdade sempre, conforme a encontrava na Palavra de Deus, e parar nesse ponto, sentindo que Deus cuidaria dos resultados (The Life of Patrick Hues Mell, p. 59).
Eu poderia continuar citando nomes e trechos de biografias de fundadores de nossa denominação que eram calvinistas comprometidos, bem como firmes na evangelização. Citarei apenas mais um nome: o Dr. J.A.Broadus, um grande pregador e um dos fundadores de nosso seminário. Ele disse:
Aqueles que escarnecem do que chamamos calvinismo poderiam também escarnecer do Mont Blanc. Não estamos obrigados a defender todas as opiniões e atitudes de Calvino; todavia, não posso entender como alguém que compreende o grego do apóstolo Paulo ou o latim de Calvino ou de Turretin pode deixar de ver que estes apenas interpretaram e formularam, de modo concreto, aquilo que os apóstolos ensinaram.
Desejo resumir mencionando cinco coisas que não identificam o calvinismo:
1. O calvinismo não é antimis-sionário; pelo contrário, fornece o alicerce bíblico para missões (Jo 6.37; 17.20-21; 2 Tm 2.10; Is 55.10; 2 Pe 3.9,15).

2. O calvinismo não elimina a responsabilidade do homem. Os homens são responsáveis pela luz que têm, quer seja a consciência (Rm 2.15), quer seja a natureza (Rm 1.19-20), quer seja a Lei escrita (Rm 2.17-27), quer seja o evangelho (Mc 16.15-16). A incapacidade do homem para fazer o que é reto não o isenta de responsabilidade, assim como a incapacidade de Satanás para fazer o que é reto também não o deixa livre de responsabilidade.

3. O calvinismo não torna Deus injusto. Conceder a bênção da salvação para inúmeros pecadores indignos não é uma injustiça da parte dEle para com o demais pecadores indignos. Se um governador perdoa um criminoso culpado, está cometendo injustiça para com os demais? (1 Ts 5.9.)

4. O calvinismo não desanima os pecadores convictos; em vez disso, lhes dá bons motivos para virem a Cristo. “Aquele que tem sede venha” (Ap 22.17). O Deus que convence é o Deus que salva. O Deus que salva é o mesmo que escolheu homens para a salvação e que os convida a desfrutar da salvação.

5. O calvinismo não desencoraja a prática da oração. Pelo contrário, o calvinismo nos motiva a buscar a Deus, visto que Ele é o único que nos pode salvar. A verdadeira oração é um impulso do Espírito Santo e, por esta razão, estará em harmonia com a vontade de Deus (Rm 8.16).
O calvinismo tem caracterizado os batistas autênticos, em sua história. De modo contrário ao movimento liberal, ao movimento carismático, bem como ao dispen-sacionalismo e ao movimento de Keswick, o calvinismo é o único sobre o qual podemos afirmar que é endêmico à história, ao ensino e à herança dos batistas. Até ao presente século, com seu pragmatismo, os batistas do Sul e seus antecessores sempre foram calvinistas. O ressurgimento do calvinismo em nossos dias é apenas um esforço para restaurar nossa antiga teologia, que produzirá um resultado profundo em nosso evangelismo.
Que relação existe entre o calvinismo e o evangelismo?
Primeiramente, devemos saber o que é o evangelismo. O evangelismo é a comunicação da mensagem divina e inspirada que chamamos evangelho. É uma mensagem que pode ser definida em palavras, mas tem de ser comunicada com autoridade e poder. “Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção” (1 Ts 1.5).
O evangelho informa como Deus, nosso Criador e Juiz, tornou seu Filho um Salvador de pecadores, perfeito e disposto. O convite do evangelho declara que Deus convida os homens a virem ao Salvador, com fé e arrependimento, e encontrarem perdão, vida e paz. E este é mandamento de Deus: que creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, e amemos uns aos outros, conforme Ele nos ordenou (1 Jo 3.23). Jesus disse: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.29).
Eis uma definição de evangelizar:

“Apresentar o Filho de Deus aos homens pecadores, a fim de que ponham sua confiança em Deus, por intermédio de Cristo, e O recebam como seu Senhor e Salvador, para servi-Lo como seu Rei, na comunhão de sua igreja”. Você deve observar que esta definição inclui a Igreja.
O evangelismo precisa ter um alicerce doutrinário
O alicerce doutrinário do evangelismo bíblico é tão importante à evangelização como o esqueleto o é para o corpo humano. A doutrina proporciona unidade e firmeza. O alicerce doutrinário produz o vigor espiritual que torna o evangelismo capaz de suportar as tempestades de oposição, sofrimento e perseguição que, com freqüência, acompanham o verdadeiro evangelismo e missões. Por conseguinte, a igreja que negligencia o verdadeiro alicerce do evangelismo bíblico logo descobrirá que seus esforços perderam o vigor e surgirão conversões falsas. A falta de um alicerce doutrinário prejudicará a unidade da igreja e abrirá as portas ao erro e à instabilidade em todos os esforços evangelísticos. Faltam-nos palavras para exaltarmos a importância de um alicerce bíblico e ortodoxo no evangelismo autêntico, centralizado em Deus.
A doutrina molda o nosso destino. No presente, estamos colhendo os frutos de um evangelismo que não se fundamenta nas Escrituras. O grande apóstolo Paulo, instruindo um jovem pastor a realizar a obra de um evangelista, disse-lhe que a doutrina (o ensino) é o propósito primordial das Escrituras — “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino” (2 Tm 3.16). O evangelismo sem um alicerce doutrinário é uma casa edificada sobre a areia (Mt 7.24-26). É semelhante a galhos sem raízes, cortados e lançados no chão; eles murcharão e morrerão. O calvinismo possui alicerces doutrinários para o evangelismo.
O alicerce doutrinário do evangelismo centralizado em Deus assegura o seu sucesso. Primeiramente, porque Deus, o Pai, tem algumas pessoas que são eleitas:

a. João 13.18 — “Eu conheço aqueles que escolhi”;

b. João 15.16 — “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros”;

c. Efésios 1.4 — “Assim como nos escolheu, nele”;

d. 2 Tessalonicenses 2.13 — “Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação”.

e. João 6.37,39,44,64,65 — “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim.... E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu.... Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer”.

Isto me parece uma garantia de sucesso!

A segunda garantia de sucesso encontra-se no fato de que Deus, o Pai, deu ao seu Filho, o grande Pastor, algumas ovelhas; e o grande Pastor fez expiação em favor das ovelhas que o Pai Lhe deu.
A expiação sobre a qual falamos foi planejada — a cruz não foi um acidente. Deus a planejou. Ele não estava dormindo, nem foi apanhado de surpresa pelos eventos que culminaram na cruz. Deus tinha um plano imutável, inalterável, que estava sendo realizado. O apóstolo Pedro declarou em sua primeira mensagem: “Sendo este [Jesus] entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (At 2.23).
Os apóstolos não somente proclamaram esta verdade, mas também oraram a respeito dela. Escute a oração deles: “Porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram; agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra” (At 4.27-29). Na cruz, Deus estava sendo o mestre de cerimônias.
Jesus também ensinou que Deus, o Pai, tinha um plano imutável, inalterável, e poder para executá-lo.

“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.38-39). “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas” (Jo 10.14).
Jesus deixou claro o motivo por que alguns não crêem nEle. Você já se perguntou por que algumas pessoas não crêem? Jesus responde esta pergunta: “Vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas” (Jo 10.26).

Ele descreveu duas características de suas ovelhas: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz [disposição de conhecer a vontade dEle]; eu as conheço, e elas me seguem [disposição de fazer a vontade dEle]” (Jo 10.27).
A verdade de que a expiação se realizou especificamente em favor das ovelhas está em João 17. Veja estas palavras da oração de Jesus:

“Assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste”; “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus”; “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (Jo 17.2, 9,24).
Este ponto de vista sobre o alcance da expiação torna a cruz um lugar de vitória, pois aquilo que o Pai planejou, o Filho adquiriu e orou em seu favor. Isso está em harmonia com a grande declaração contida na profecia messiânica referente a vinda de Jesus: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si” (Is 53.11).
Jesus ensinou esta mesma verdade em João 6.37: “Todo aquele que o Pai me , esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora”. Jesus não disse que eles talvez virão; que seria ótimo se viessem; que, se decidirem, eles virão; pelo contrário, Jesus declarou: Eles virão. Este é um elemento importante na mensagem da cruz, a mensagem de nosso evangelismo. Significa que a morte de Cristo não foi em vão. Pelo contrário, esta verdade nos diz que todos aqueles em favor dos quais Cristo morreu, para salvá-los, esses virão a Ele. É interessante observar que, ao anunciar a José o nascimento de Jesus, o anjo foi diretamente neste ponto: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21).
Observe que o anjo afirmou: “Salvará o seu povo”. Ele não disse: “Cada pessoa”, e sim: “O seu povo” — as ovelhas.

Deus usou o fato de que tinha algumas pessoas, algumas ovelhas, para estimular a evangelização da ímpia cidade de Corinto. O grande apóstolo estava com receio de ir a Corinto, e Deus o encorajou, dizendo: “Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18.9,10).

1. A vinda de Cristo ocorreu em favor de seu povo — “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21).

2. Seu pagamento na cruz se deu em favor das ovelhas — seu povo: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.... Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10.11,14,15).

3. Jesus orou em favor de todos aqueles que o Pai Lhe deu: “Assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste”; “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus” (Jo 17.2,9).
Esta é a mensagem da cruz que você tem ouvido? É a mensagem de um Cristo cuja morte não foi em vão e que cumprirá tudo que foi planejado? Ou você ouviu uma mensagem de um Jesus insignificante, impotente, patético e, às vezes, efeminado, que tornou a salvação possível e está assentado, passivamente, esperando, para ver o que os pecadores farão com Ele?
Isto não é apenas uma ênfase diferente. É uma mensagem evangelística de conteúdo diferente. O evangelho bíblico está centralizado em Deus, honra a Deus e abençoa os pecadores. O evangelismo centralizado em Deus possui um alicerce doutrinário que lhe garante eficácia. Se o seu conceito a respeito do calvinismo destrói o evangelismo, ofereço-lhe a sugestão de que examine seu entendimento e estude os seguintes livros: Evangelismo e Soberania de Deus, escrito por J. I. Packer (Editora PES, São Paulo - SP); O Evangelho de Hoje — Autêntico ou Sintético (Editora Fiel, São José dos Campos - SP), escrito por Walter Chantry.
FONTE: http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=155

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Desejo ardente de ganhar Almas - Orlando Boyer


Imagem cedida por: http://www.blogdicas.com.br/como-evangelizar-uma-pessoa-com-sabedoria/

Já ganhaste uma alma para Cristo? Já experimentaste? Conheces alguém atualmente na glória, com Cristo, levado por ti a Ele? Ou conheces alguém que está no caminho para o céu, porque o informaste do Salvador?
            Se fossem desvendados os teus olhos, neste momento, para contemplar a eternidade, e se te fosse revelado que tens de passar para lá, neste ano não desejarias depositar aos pés do Salvador algum presente como prova de teu amor? Pode haver um presente tão precioso ou aceitável ao Mestre, como uma alma ganha para Ele, durante um ano?
            As palavras dos maiores, na história da Igreja de Cristo, revelam como o coração os abrasava com este desejo; vamos citar algumas expressões:
            Knox, assim rogava a Deus: “Dá-me a Escócia ou eu morro!”
            Whitefield, implorava: “Se não queres dar-me almas, retira a minha!”
            Diz-se de Aleine: “Era insaciavelmente desejoso de conversão de almas, e para este fim derramava seu coração em oração e pregação”
            João Bunyan, disse: “Na pregação não podia contentar-me sem ver o fruto do meu trabalho”.
            Assim dizia Mateus Henry: “Sinto maior gozo em ganhar uma alma para Cristo, do que em ganhar montanhas de ouro e prata, para mim mesmo”.
            D. L. Moody: “Usa-me, então, meu Salvador, para qualquer alvo e em qualquer maneira que precisares. Aqui está meu pobre coração, uma vasilha vazia, enche-me com a Tua graça”.
            Henrique Martyn, ajoelhado na praia da Índia, onde fora como missionário, dizia: “Aqui quero ser inteiramente gasto por Deus”.
            João Hunt, missionário entre os antropófagos, nas ilhas de Fidji, no leito de morte, orava: “Senhor, salva Fidji, salva Fidji, salva este povo. Ó Senhor, tem misericórdia de Fidji, salva Fidji!”
            João McKenzie, ajoelhado à beira do Lossie, clamava: “Ó Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra!”
            Praying Hyde, missionário na Índia, suplicava: “Ó Deus, dá-me almas ou morrerei!”
            Quando aqueles que assistiam a morte de Davi Stoner, pensavam que seu espírito já tivesse voado, ele se levantou na cama, e clamou: “Ó Senhor, salva pecadores! Salva-os as centenas e salva-os aos milhares!”, e findou a sua obra na terra. O desejo ardente da sua vida, dominava-o até a morte.
            Davi Brainerd falava: “Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim! Envia-me até os confins da terra: envia-me aos bárbaros habitantes das selvas; envia-me para longe de tudo que tem o nome de conforto, na terra; envia-me mesmo para a morte, se for no Teu serviço e para o progresso do Teu reino”.
            Ele escreveu: “Lutei pela colheita de almas, multidões de pobres almas. Lutei para ganhar cada alma, e isto em muitos lugares. Sentia tanta agonia, desde o nascer do sol até anoitecer, que ficava molhado de suor por todo o corpo. Mas, oh! Meu querido Senhor suou sangue pelas pobres almas. Com grande ânsia eu desejava ter mais compaixão”.
            Brainerd podia dizer de si: “Não me importava o lugar ou a maneira que tivesse de morar, nem por qual sofrimento tivesse de passar, contanto que pudesse ganhar almas para Cristo. Quando dormia, sonhava com essas coisas, e ao acordar, a primeira coisa em que me ocupava essa era grande obra; não tinha outro desejo a não ser a conversão dos perdidos”.
Encontrava-se João Welsh, nas noites mais frias prostrado no chão, chorando e lutando com o Senhor, por seu povo. Quando sua esposa implorava que explicasse a razão de sua ânsia, respondia: “Tenho que dar conta de três mil almas e não sei como estão”.
O profeta Jeremias: “Se eu disser: Não farei menção dele, nem falarei mais em Seu nome, há no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e estou cansado de sofrer, e não posso conter-me”. (Jer 20.9)
O apóstolo Paulo: “Tornei-me tudo para todos, para de todo e qualquer modo salvar alguns”. (1 Cor 9.22)
O sentimento do Filho de Deus: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”. (2 Tim 1.15)
O desejo do Pai celestial: “Pois assim amou Deus ao mundo, que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3.16)
D. L. Moody conta o seguinte, explicando como Deus o dirigiu a deixar tudo para passar o resto da vida no serviço de ganhar almas: “Não perdi a visão de Jesus Cristo, desde o primeiro dia que O encontrei, na loja em Boston, onde era caixeiro. Porém durante alguns anos achava que não podia trabalhar para Deus. Ninguém me pediu para que fizesse alguma coisa em favor do Evangelho.
Quando fui a Chicago, aluguei cinco assentos na Igreja, e saía e me esforçava para encher os bancos, com moços que encontrava nas ruas. Não falava a estes acerca das suas almas; julgava eu que falar aos pecadores era trabalho dos anciãos. Depois de algum tempo de assim trabalhar, abri uma Escola Dominical, em outra parte da cidade. Para mim, a única coisa era ter o maior número na Escola, e trabalhava com este alvo. Quando a assistência era de menos de mil pessoas, eu ficava perturbado; e quando subia a mil e duzentas ou a mil e quinhentas então me alegrava. Até então ninguém fora convertido; não houvera colheita. Então, Deus me iluminou.
Havia na escola uma classe de moças que eram, sem dúvida, as mais vaidosas que eu jamais encontrara. Num domingo o professor estava doente, e eu ensinei a classe. Zombaram de mim na minha presença e eu fui tentado a expulsá-las, para nunca mais voltarem. Durante a semana, o professor entrou na loja onde eu trabalhava. Vi que ele estava pálido e muito doente. “Que tens?” perguntei-lhe. – “Tive outra hemorragia nos pulmões. O médico diz que não posso ficar em Lake Michigan, e vou para o Estado de Nova Iorque. Por mim, vou para casa para morrer”. Ele parecia muito perturbado e quando perguntei a razão, respondeu: “Ora, nunca dirigi uma moça da minha classe para Cristo. Acho que realmente tenho feito mais mal do que bem, às moças”.
Nunca tinha ouvido alguém falar nisso, e fiquei meditando.
Depois de um pouco, eu disse: “Não achas bom ir dizer-lhes o que sentes? Irei, também, numa carruagem, se queres ir”. Ele concordou e saímos juntos. Foi uma das melhores viagens que jamais fiz na terra. Fomos à casa de uma das moças e o professor falou pra ela acerca da alma. Então, não se ria mais. Lágrimas apareceram-lhe nos olhos. O professor depois de explicar o caminho da salvação, sugeriu que orássemos. Pediu que eu orasse. Em verdade, nunca fizera tal coisa, nunca orara a Deus que convertesse a uma moça, e na mesma ocasião, porém, oramos, e Deus respondeu à oração.
Fomos à casa das outras moças. Quando ele subia a escada, faltava-lhe o fôlego, mas explicava às moças o propósito de nossa visita. E, sem muita demora, ficaram quebrantadas e começaram a buscar salvação.
Quando ele não podia mais andar, levei-o de novo para sua casa. No dia seguinte saímos outra vez. Passara-se dez dias, e chegou de novo à loja, com o rosto brilhando. “Sr Moody”, disse ele, “a ultima já se entregou a Cristo”. Como foi grande o nosso regozijo! Ele tinha de partir na noite do dia seguinte; chamei sua classe para uma reunião de oração, e lá, Deus acendeu um fogo na minha alma, que nunca mais se apagou. O maior alvo da minha vida era ser comerciante próspero; se tivesse sabido que estava para perder este alvo, é provável que não teria ido. Mas quantas vezes agradeço a Deus, depois daquele culto!
O professor que estava para morrer, sentou-se no centro da classe e falava-lhes, lendo o capitulo catorze de João. Experimentamos cantar o hino: “Benditos laços são, os do fraterno amor”, e depois ajoelhamo-nos para orar. Quando eu queria levantar-me da oração, uma das moças da classe começou a orar por seu professor, já moribundo, outra orou e, depois outra; e antes de nos levantarmos, a classe inteira tinha orado. Quando saímos, disse pra mim mesmo: “Ó Deus, deixa-me morrer antes de perder a benção que recebi aqui, esta noite!”
No dia seguinte, fui à estação despedir-me do professor. Antes de sair o trem, chegaram, uma a uma, todas as moças da classe sem haver qualquer combinação. Que culto! Experimentamos cantar, mas só podíamos chorar. A última coisa que vimos do professor, na plataforma do último carro, com o dedo apontado para cima, implorava que a classe o encontrasse no céu.
Eu não sabia o preço que tinha de pagar por causa desta experiência. Não tinha mais habilidade para o comércio, tinha perdido o gosto de negociar. Tinha provado algo de um outro mundo, e não queria mais ganhar dinheiro. Durante alguns dias depois, tive a maior luta da minha vida. Devia deixar o comércio e entregar-me inteiramente à Obra de Cristo, ou não? Nunca me arrependi da minha escolha. Oh, a delícia de dirigir alguém das trevas, à luz gloriosa do Evangelho!
Na primeira guerra mundial, um moço foi levado ao hospital, sofrendo ferimentos em quase todo o corpo. Em grande agonia, suplicava à enfermeira que lhe desse algo para dormir, para jamais acordar. Ela recusou e ele começou a implorar ao médico: “Tenha compaixão de mim. Faça com que eu durma. Por que devo viver? Estou completamente inutilizado. Não posso mais servir à pátria nem ao próximo. Dê-me um alívio”. Quando o médico também recusou, rogou que escrevessem ao rei, pedindo licença para que findassem com seus sofrimentos. Para apaziguá-lo, o médico escreveu ao rei Jorge, contando o caso do soldado valente que fora vencido pela dor. Chegou um telegrama para o soldado: “Teu rei precisa de ti. (a) Jorge”. O soldado, logo corou ânimo e ficou bom.
A mensagem direta para todo crente, é a mesma: “Teu Rei precisa de ti, para proclamar a mensagem a todas as criaturas”.

QUERES FAZER QUATRO COISAS BOAS?
1.      Escreve uma lista, os nomes de pessoas que queres ganhar para Cristo, e todos os dias pede a Deus, em oração, que as salve.
2.      Deixa ao lado de cada nome, lugar para indicar quando tiveres a resposta.
3.      Agradece a Deus e dá-lhe glória por toda a alma salva.
4.      Assenta no coração ter alvo certo. Data e assina o seguinte:

GANHAR UMA ALMA
            Procuro, com auxílio do Senhor, ganhar uma alma cada ano (ou mês), e levá-la a fazer o mesmo.
            Data: _____/ _____ / _____
            Nome:____________________________

FONTE:  Extaído do livro esforça-te pra ganhar almas de orlando Boyer

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