quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

REFLEXÃO DIÁRIA: Não desanime, vá até o fim! - Daniel Werneck



(Daniel 12:13) - Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias. 

Quantas coisas nos começamos muitas vezes e de repente bate o desânimo o cansaço, o enfado... e quando nos deparamos, terminamos deixando aquele empreendimento, projetos e até sonhos de lado. Isso é natural do ser humano visto que temos uma leve inclinação para as coisas do presente. muitas vezes queremos aquilo que podemos "aqui e agora" sem pensar a longo prazo.

O profeta Daniel foi um desses homens que por um momento esteve ansioso por quando se cumpriria aquilo que lhe estava sendo revelado. um homem amado por seu povo, amado por Deus e teve o privilégio de escrever inúmeras revelações proféticas para o seu povo concernentes aos últimos dias.  ele chegou a perguntar qual será o fim dessas coisas (Verso 8), e teve como resposta que o livro estaria selado para dias muito distantes.  

As vezes acontece do mesmo jeito conosco: uma promessa que foi feita, uma benção prometida, e muitas vezes só a vemos mas não entendemos quando se dará. Daniel morreu e não viu o resultado de suas profecias, mas elas se cumpriram e se cumprirão ainda. Ele serviu de benção para muitas pessoas especialmente para o seu povo. Mesmo ele não vendo, teve como GARANTIA que receberia a sua herança na ressurreição (Verso 13) 

O Segredo é ir até o Fim. O fim das coisas é melhor que o princípio delas. (Ec 7:8).  Não desanime por nada nesta vida. Tudo que fazemos hoje, terá uma consequência no futuro. Não desanime na obra do Senhor se ainda não vê os resultados, não desanime em pregar, não desanime em ensinar. Deus esta no controle de tudo. Vá até o fim! no final verás a tua recompensa que receberás da mão do próprio Deus. 

Confie, lute e conquiste! Não desanime. Daniel foi fiel até o fim da vida. conseguiu, e contudo você conseguirá também. 

Deus te abençõe!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

MEDITAÇÃO DIÁRIA: Temor alcançado, dias aumentado!



(Provérbios 10:27) - O temor do SENHOR aumenta os dias, mas os perversos terão os anos da vida abreviados. 

A paz amados.

O escritor do livro de provérbios nos trás neste versículo, uma grande verdade para aqueles que querem ter uma vida plena e em paz na terra, o temor a Deus. A palavra temer, significa receio, medo, pavor, mas neste contexto aqui denota respeito ou reverência.  O respeito a Deus e a sua palavra faz com que evitamos grandes males e situações cotidianas que muitas vezes podem nos levar aos stress, problemas de saúde e aborrecimentos. a nossa vida diária e formada por momentos constantes que precisamos tomar decisões, e as decisões que nos tomarmos, trará alguma consequência no presente ou no futuro. 

A vida humana, de acordo com o Salmista é em média 70 anos (Sl 90:10). alguns por boa saúde chegam facilmente aos 80, mais isso não é vantagem pois quando chegam neste tempo oque nos resta, como disse o próprio salmista é enfado e canseira. Mas afinal, quem é que não quer viver muito e viver bem? creio que é a vontade de todos! Mas a palavra de Deus nos mostra que é possível temer a Deus e terminar nossos dias em uma boa velhice, pois isso é consequência de amarmos seus mandamentos.    

O patriarca Abrão terminou seus dias assim: (Gênesis 25:8) -  E Abraão expirou, morrendo em boa velhice, velho e farto de dias; e foi congregado ao seu povo; 

Gideão também: (Juízes 8:32) -  E faleceu Gideão, filho de Joás, numa boa velhice; e foi sepultado no sepulcro de seu pai Joás, em Ofra dos abiezritas. 

O rei Davi também: (I Crônicas 29:28) -  E morreu numa boa velhice, cheio de dias, riquezas e glória; e Salomão, seu filho, reinou em seu lugar. 

Oque eles tinham em comum? o temor a Deus em suas vidas. E seus nomes estão na galeria dos Heróis da fé em hebreus 11.   

Agora quanto aos perversos e dito ao contrário, seus dias seriam abreviados. oque vem a ser isso? a palavra abreviados, significa encurtados, resumidos. Sendo assim, quem pratica a perversidade (que é maldade , maligno, ruim) consequentemente corre o risco de ficar pelo meio do caminho na sua vida na terra. observe quantas notícias acompanhamos diariamente de jovens envolvidos com o tráfico de drogas, assaltos, estupros, etc que morrem precoce antes dos 30 anos? fruto das próprias consequências dos crimes que cometeram. 

Observe o versículo de novo: A primeira parte nos da um mandamento COM PROMESSA (Temor a Deus, consequentemente recebe longevidade). A  segunda  Parte revela um ESTADO PECAMINOSO do indivíduo que gera uma maldição ( Perversidade tem como consequência, redução da vida na terra). 

E você, já sabe com qual parte do versículo quer ficar? eu escolhi a primeira. Que Deus te abençõe e deixo para tua meditação o seguinte versículo também:    

(Salmos 111:10) -  O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permanece para sempre. 

Amém!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

História das perseguições nos países baixos (Holanda) - Capítulo 11


Image cedida por: http://pt.wikipedia.org/

Tendo-se estendido com êxito a luz do Evangelho pelos Países Baixos, o Papa instigou o imperador a iniciar uma perseguição contra os protestantes; muitos caíram então mártires sob a malícia supersticiosa e o bíblico fanatismo, entre os que os mais notáveis foram os seguintes:

Wendelinuta, uma piedosa viúva protestante, foi apreendida por causa de sua religião, e vários monges tentaram, sem êxito, que se desdissesse. Como não podiam prevalecer, uma dama católico-romana conhecida dela desejou ser admitida na masmorra onde estava prisioneira, prometendo esforçar-se por induzi-la a abjurar da religião reformada. Quando foi admitida na cela, fez o possível para executar a tarefa que havia empreendido;mas ao ver inúteis seus esforços, disse: "Querida Wendelinuta, se não abraças nossa fé, mantém pelo menos em segredo as coisas que tu professas, e trata de prolongar tua vida". 

Ao qual a viva respondeu: "Senhora, você não sabe o que diz; porque com o coração cremos para justiça, mas com a boca se faz confissão para a salvação". Como recusara rotundamente desdizer-se, seus bens foram confiscados, e ela foi condenada à fogueira. No lugar da execução, um monge lhe apresentou uma cruz, e a convidou a beijá-la e a adorar a Deus. a isto ela respondeu: "Não adoro eu nenhum Deus de madeira, senão o Deus eterno que está no céu". Então foi executada, mas por mediação da dama católico-romana, foi-lhe concedido o favor de ser estrangulada antes de pôr-se fog na lenha.
Dois clérigos protestantes foram queimados em Colen; um comerciante de Amberes, chamado Nicolas, foi amarrado num saco, lançado num rio e afogado. E Pistorius, um erudito estudante, foi levado ao mercado de um povo holandês numa camisa de força, e ali lançado numa fogueira.

Dezesseis protestantes foram sentenciados à decapitação e sem ordenou que um ministro protestante assistisse à execução. Este homem executou a função de seu ofício com grande propriedade, exortando-os ao arrependimento, e lhes deu consolação nas misericórdias de seu Redentor. Tão logo como os dezesseis foram decapitados, o magistrado gritou ao carrasco: "Falta ainda que assestes um golpe, verdugo; deves decapitar o ministro; nunca poderá morrer em melhor momento que este, com tão bons preceitos em sua boca, e uns exemplos tão louváveis diante dele". Foi então decapitado, ainda que muitos dos próprios católico-romanos reprovaram então este gesto de crueldade pérfida e desnecessária.

Jorge Scherter, ministro de Salzburgo, foi apreendido e encerrado em prisão por instruir sua greoi no conhecimento do Evangelho. Enquanto estava em seu encerro, escreveu uma confissão de sua fé. Pouco depois disso foi condenado, primeiro a ser decapitado, e depois a ser queimado. De caminho ao lugar da execução disse aos espectadores: "Para que saibais que morro como cristão, dar-vos-ei um sinal". E isto se verificou de uma forma mais que singular, porque depois que lhe for cortada a cabeça, o corpo jazeu durante um certo tempo com o ventre para abaixo, porém girou-se repentinamente sobre as costas, com o pé direito cruzado sobre o esquerdo, e também o braço direito sobre o esquerdo; e assim permaneceu até ser lançado no fogo.

Em Louviana, um erudito homem chamado Percinal foi assassinado em prisão; Justus Insparg foi decapitado por ter em seu poder os sermões de Lutero.

Giles Tilleman, um faqueiro de Bruxelas, era um homem de grande humanidade e piedade. Foi apreendido entre outras coisas por ser protestante, e os monges se esforçaram muito por persuadi-lo a desdizer-se. Teve uma vez, acidentalmente, uma boa oportunidade para fugir, e ao perguntar-se-lhe por que não a havia aproveitado, disse: "Não queria fazer tanto dano a meus carcereiros como lhes teria acontecido, caso tiverem de responder acerca de minha ausência, se eu escapasse". Quando foi sentenciado à fogueira, deu fervorosamente graças a Deus por dar-lhe a oportunidade, por meio do martírio, de glorificar Seu nome. Vendo no lugar da execução uma grande quantidade de lenha, pediu que a maior parte da mesma fosse entregue aos pobres, dizendo: "Para queimar-me a mim será suficiente com um pouco". O carrasco se ofereceu para estrangulá-lo antes de acender o fogo, mas ele não quis consentir, dizendo-lhe que desafiaria as chamas, e desde logo expirou com tal compostura em meio delas que apenas se parecia sensível a seus efeitos.

Nos anos de 1543 e 1544, a perseguição se abateu sobre Flandes da forma mais violenta e cruel. Alguns foram condenados à prisão perpétua, outros desterro perpétuo; porém a maioria eram mortos, bem enforcados, bem afogados, emparedados, queimados, mediante o potro, ou enterrados vivos.

João de Boscane, um zeloso portanto, foi apreendido por sua fé na cidade de Amberes. Em seu juízo professou firmemente ser da religião reformada, o qual o levou a sua imediata condena. Mas o magistrado temia executá-lo publicamente, porque era popular devido a sua grande generosidade e quase universalmente querido por sua vida pacífica e piedade exemplar. Decidindo-se uma execução privada, se deu ordem de executá-lo na prisão. Por isso, o verdugo o colocou numa grande banheira; porém debatendo-se Boscane, e tirando a cabeça fora da água, o carrasco o apunhalou várias vezes com uma adaga, até expirar.

João de Buisons, outro protestante, foi apreendido secretamente, na mesma época, em Amberes, e executado privadamente. Sendo grande o número de protestantes naquela cidade, e muito respeitado o preso, os magistrados temiam uma insurreição, e por esta razão ordenaram sua decapitação na prisão.

No ano do Senhor de 1568, três pessoas foram apreendidas em Amberes, chamadas Scoblant, Hues y Coomans. Durante seu encerro se comportaram com grande fortaleza e ânimo, confessando que a mão de Deus se manifestava no que lhes havia acontecido, e inclinando-se ante o trono de Sua Providência. Numa epístola a alguns dignitários protestantes, se expressaram com as seguintes palavras: "Por quanto é a vontade do Onipotente que soframos por Seu nome e que sejamos perseguidos por causa de Seu Evangelho, nos submetemos pacientemente, e estamos gozosos por esta oportunidade; embora a carne se rebele contra o espírito, e ouça o conselho da velha serpente, contudo as verdades do Evangelho impedirão que seja aceito seu conselho, e Cristo esmagará a cabeça da serpente. Não estamos sem consolo no encerro, porque temos fé; não tememos a aflição, porque temos esperança; e perdoamos a nossos inimigos, porque temos caridade. Não tenhais temor por nós, estamos felizes no encerro graças às promessas de Deus, nos gloriamos em nossas correntes, e exultamos por sermos considerados dignos de sofrer por causa de Cristo. Não desejamos ser libertados, senão abençoados com fortaleza; não pedimos liberdade, senão o poder da perseverança; e não desejamos mudança alguma em nossa condição, senão aquela que coloque uma coroa de martírio sobre nossas cabeças".

Scoblant foi julgado primeiro. Ao persistir na profissão de sua fé, recebeu a sentença de morte. Ao vltar à prisão, pediu seriamente a seu carcereiro que não permitisse que o visitasse nenhum frade. Disse assim: "Nenhum bem podem fazer-me, porém podem perturbar-me muito. Espero que minha salvação já esteja selada no céu, e que o sangue de Cristo, no qual deposito minha firme confiança, tenha-me lavado de minhas iniqüidades. Vou agora lançar de mim estas roupas de barro para ser revestido de uma veste de glória eterna, por cujo celeste resplendor serei liberado de todos os erros. Espero ser o último mártir da tirania papal; que a Igreja de Cristo tenha repouso aqui, como seus servos o terão no além". No dia de sua execução se despediu pateticamente ed seus companheiros de prisão. Amarrado na estaca orou fervorosamente a oração do Senhor, e cantou o Salmo 40; depois encomendou sua alma a Deus, e foi queimado vivo.

Pouco depois Hues morreu em prisão, e por esta circunstância Coomans escreveu a seus amigos: "Estou agora privado de meus amigos e companheiros; Scoblant sofreu o martírio, e Hues morreu pela visitação do Senhor; todavia, não estou sozinho: tenho comigo o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó; Ele é o meu consolo, e será meu galardão. Orai a Deus que me fortaleça até o fim, porquanto espero a cada momento ser liberado desta tenda de barro".
Em seu juízo confessou árvore do conhecimento do bem e do mal ser da religião reformada, respondeu com fortaleza varonil a cada uma das acusações que lhe formulavam, e demonstrou com o Evangelho o Escriturário de suas respostas. O juiz disse que as únicas alternativas eram a retratação ou a morte, e terminou dizendo: "Morrerás pela fé que professas?" A isto Coomans replicou: "Não só estou disposto a morrer, senão também a sofrer as torturas mais cruéis por ela; depois, minha alma receberá sua confirmação de parte do próprio Deus, em meio da glória eterna". Condenado, se dirigiu cheio de ânimo ao lugar da execução, e morreu com a mais corajosa fortaleza e resignação cristã.

Guilherme de Nassau caiu vítima da perfídia, assassinado aos cinqüenta e um anos de idade por Baltasar Gerard, natural do Franco Condado, na província da Borgonha. Este assassino, com a esperança de uma recompensa aqui e no além por matar um inimigo do rei da Espanha e da religião católica, empreendeu a ação de matar o Príncipe de Orange. Procurando-se armas de fogo, o vigiou enquanto passavas através do grande vestíbulo de seu palácio para a comida, e lhe pediu um passaporte. A princesa de Orange, vendo que o assassino falava com voz oca e confusa, perguntou quem era, dizendo que não gostava de seu rosto. O príncipe respondeu que se tratava de alguém que pedia um passaporte, que lhe seria prontamente dado.
Nada mais aconteceu antes da comida, porém ao voltar o príncipe e a princesa pelo mesmo vestíbulo, acabada a comida, o assassino, oculto tudo quanto podia atrás de um dos pilares, disparou contra o príncipe, entrando as balas pelo lado esquerdo e penetrando no direito, ferindo em sua trajetória o estômago e órgãos vitais. Ao receber as feridas, o príncipe somente disse: "Senhor, tem misericórdia de minha alma, e desta pobre gente", e depois expirou imediatamente.

As lamentações pela morte do Príncipe de Orange foram gerais por todas as Províncias Unidas, e o assassino, que foi apreendido de imediato, recebeu a sentença de ser morto da forma mais exemplar, mas tal era seu entusiasmo, ou contra-senso, que quando lhe desgarravam as carnes com pinças candentes, dizia friamente: "Se estiver livre, o faria de novo".

O funeral do Príncipe de Orange foi o maior jamais visto nos Países Baixos, e talvez a dor pela sua morte a mais sincera, porque deixou trás e sim o caráter que honradamente merecia, o de pai de seu povo.

Para concluir, multidões foram assassinadas em diferentes partes de Flandes; na cidade de Valence, em particular, cinqüenta e sete dos principais habitantes foram brutalmente mortos num mesmo dia por recusarem abraçar a superstição romanista; e grandes números foram deixados enlanguescer na prisão até morrer pelo insano das masmorras.

FONTE:  Extraído do "livro dos mártires" de John Fox (todos os créditos a editora CPAD) 

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