sábado, 13 de agosto de 2011

A Crise Econômica Mundial e a semelhança como nos dias de José do Egito


       


Desde o ano passado, vemos alertando a muitas pessoas sobre uma grande fome que virá no mundo todo como nunca houve na história moderna, e creio que esse tempo esta chegando. Mas o que queria falar no momento são as semelhanças que o atual cenário político e econômica esta tomando onde eu mesmo sinto que ele terá uma estrutura igual aos do tempo de José do Egito (vou explicar porque) e isso é de suma importância para a igreja. A vida de José tem muita semelhança com a de Nosso Senhor Jesus, mas de cunho escatológico, vou compará-lo a igreja:
José passou um tempo na casa de Pontifar (Gênesis 39) e José passou também no mínimo uns dois anos na prisão (Gênesis 40 e 41); Do mesmo modo que José prosperou na casa de Pontifar onde seu Senhor confiava tudo na sua mão, foi assim com a igreja quando começou: próspera, cheia da graça e a benção de Deus sobre ela. Da mesma maneira que José estava preso injustamente, a igreja fiel foi perseguida pela Roma imperial e depois pela Roma papal. Mesmo assim quanto mais perseguia a igreja, mas ela crescia. José também prosperou na prisão. Observação: Deus já estava preparando José para oque ele iria enfrentar como governador de todo o Egito. Aprendeu a trabalhar com fartura na casa de Pontifar e aprendeu a trabalhar com alimento escasso na prisão. Isso preparou José a trabalhar nos sete anos de boas colheitas e também nos sete anos de fome que viria. Isso também se aplica a igreja. 
José foi odiado e perseguido por seus irmãos; Os irmãos de José tinham inveja dele porque seu pai o amava mais que os outros, odiavam o por causa de seus sonhos, e por causa da túnica nova que seu pai lhe fez (Gênesis 37). A igreja fiel, a noiva do cordeiro cresceu na perseguição e subirá para o céu em meio à perseguição. A perseguição elos seus irmãos que se diziam cristãos posso comparar as perseguições da igreja papal, como feitas pela "santa" Inquisição onde homens como John Huss, Lutero, Wiclife, Willian Tyndale, entre tantos foram mortos, perseguidos, excomungados, taxados como hereges por causa da verdade. Esse era o remanescente fiel. Nos dias da Besta o remanescente fiel sofrera perseguição por causa da palavra de Deus e do Testemunho de Jesus cristo (Ap 12:17).
O Egito foi à primeira potência mundial; O Egito foi para aquele tempo oque os Estados Unidos é para o mundo nos dias de hoje, uma grande nação onde era a mais desenvolvida cientificamente, militarmente e com uma vasta área geográfica. Deus antes de mandar o juízo por meio da fome que viria, sempre costuma falar antes avisando seu povo. Faraó recebeu um sinal da parte de Deus interpretado por José, pois a fome viria e mexeria com toda a estrutura social da época, pois nos sete anos bons de colheita, precisaria ser armazenado (Ajuntem os administradores toda a colheita dos bons anos que virão, recolham cereal debaixo do poder de faraó para mantimentos na cidade, e os guarde" Gênesis 41:35) para os dias de fome que viriam.
Os avisos daquela época continuam valendo para os dias de hoje; Do mesmo modo no presente momento, Deus tem avisado há anos por meio de seus servos que uma grande fome virá em todo mundo e que duraria um bom tempo e que as pessoas viriam que era a mão de Deus. O senhor tem feito isso para preparar o seu povo afim de que não seja pego de surpresa quando a crise vier. Deus tem levantado muitos "Josés" do Egito em nosso meio para advertir os líderes das igrejas, o povo em geral para as calamidades que se seguirão. Basta à pessoa crer e vigiar. 
José comprou toda a terra do Egito para Faraó (Gênesis 47); Interessante que a fome não era somente na terra do Egito, mas em todo o mundo conhecido daquela época, e quando se acabou o dinheiro as pessoas trocavam suas propriedades por alimentos. Oque me chama a atenção e que atualmente muitos blocos econômicos estão surgindo e as empresas e multinacionais de televisão, siderurgia, petrolíferas, hipermercados, etc. tem suas ações negociadas em bolsas de valores onde pequenos grupos de pessoas detêm boa parte de suas ações. Entendo que a cada ano, e com a proximidade da vinda de Jesus, este sistema atual e vigente em que vivemos se afunila cada vez mais onde percebemos organizações fechadas, grupo de pessoas (como Bildenbergs, clube de Roma, etc) estão escolhendo paralelamente a soberania das nações o caminho que a humanidade precisa seguir. Eles detêm o "capital" e o investem a onde eles acham bem mais lucrativo.
Por que eu estou dizendo isso? Por que vejo que essa pessoa tem um pensamento comum e no tempo certo entregarão a "besta" o seu poder. Já existe um clamor por uma moeda única, um sistema de governo único, controlado por um tipo de "faraó" um líder mundial que trará soluções para problemas já existentes como nos dias de José como solução para conflitos, paz, distribuição de renda etc.
Outro fato importante a destacar desse período:
(Gênesis 47:22) - Somente a terra dos sacerdotes não a comprou, porquanto os sacerdotes tinham porção de Faraó, e eles comiam a sua porção que Faraó lhes tinha dado; por isso não venderam a sua terra.
Do mesmo hoje!Os grandes especuladores lucraram com a crise, estão meio que blindado aos problemas e o governo sempre procura socorrer seus investimentos, negócios, etc alegando que os mesmos investem grandes capitais no país, geram emprego e renda... E com isso ficam mais fortes! Repare e lembre-se que a besta terás seus aliados e agentes econômicos. .e eles estão se formando hoje!
Importante informação:
(Gênesis 47:21) - E, quanto ao povo, ELE O ESCRAVIZOU de uma a outra extremidade da terra do Egito.
Veja que grande parte da população egípcia terminou virando escrava de seu rei! E isso irá acontecer com a população mundial quando a mesma será inserida dentro do sistema econômico da besta e será escrava de sua marca. E pasmem, eles não foram forçados a isso! Aceitaram de bom grado! Veja:
(Gênesis 47:25) - E disseram: A vida nos tens dado; achemos graça aos olhos de meu senhor, e seremos escravos de Faraó.
O povo se sujeitou a faraó como as pessoas se sujeitarão à besta!
(Apocalipse 13:5 e 7) - E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.
Entendo também que do mesmo modo que os israelitas ficaram na terra de Gósen, e ali habitam seguro, Deus tem preparado um lugar para a sua igreja fiel durante esse tempo de crise.    
Veja que as nações em redor vieram ao Egito para comprar pão, e elas lhe tributavam por isso. As nações modernas irão estar sujeitas ao controle do anticristo e nada escapará das suãs mãos.  
Então amados, não vou mais estender essa reflexão Poe entender que o principal já foi dito. Muitas semelhanças ainda têm pra falar sobre esse período, e em outra ocasião continuaremos sobre esse assunto. Lembre-se de uma coisa: Deus não faz nada sem antes avisar os seus servos. A igreja primitiva passou por isso nos dias do Apóstolo Paulo e Deus usou um profeta para alertá-los da fome que viria em todo o mundo antigo.
Veja:
(Atos 11:28) - E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.
Deus usou seu servo naquele tempo pra avisar a igreja, e no tempo de outro imperador romano isso se cumpriu. Deus tem alertado a sua igreja da mesma maneira hoje que uma fome e crise financeira vai se levantar em todo mundo. Se fosse hoje, o início dela, você esta preparado?    

Daniel Werneck 

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Deus está em teus Pensamentos? John Owen (1616-1683)

Imagem cedida por: http://temasdeminhalma.zip.net/arch2010-10-24_2010-10-30.html

Os nossos pensamentos devem se voltar para Cristo sempre que haja uma oportunidade a qualquer hora do dia. Se somos verdadeiros crentes e se a Palavra de Deus está em nossos pensamentos, Cristo está perto de nós (Romanos 10:8). Nós O encontraremos pronto para falar conosco e manter comunhão. Ele diz: "Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo" (Apocalipse 3:20). É verdade que há momentos em que Ele Se retira de nós e não podemos ouvir a Sua voz.

E quando isso acontece, não podemos ficar contentes. Devemos ser como a noiva no Cântico de Salomão 3:1-4: "De noite busquei em minha cama aquele a quem ama a minha alma: busquei-o, e não o achei. Levantar-me-ei, pois e rodearei a cidade; pelas ruas e pelas praças buscarei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e não o achei. Acharam-me os guardas, que rondavam pela cidade; eu perguntei-lhes: vistes aquele a quem ama a minha alma? Apartando-me eu um pouco deles, logo achei aquele a quem ama a minha alma: detive-o, até que o introduzi em casa de minha mãe, na câmara daquela que me gerou".

A experiência da vida espiritual de um cristão é forte em proporção aos seus pensamentos sobre Cristo que nele habita e seu deleite nEle (Gaiatas 2:20). Se tivermos deixado Cristo ausente de nossas mentes por muito tempo, devemos nos censurar por isso.


Todos os nossos pensamentos sobre Cristo e Sua glória devem ser acompanhados de admiração, adoração e ações de graças. Somos convidados a amar o Senhor com toda a nossa alma, mente e força (Marcos 12:30). Se somos verdadeiros crentes, a graça de Cristo opera em nossas mentes e almas renovadas e nos ajuda a fazer isso. Na vinda de Cristo como juiz no último dia, os crentes ficarão cheios de um tremendo sentimento de admiração por Sua gloriosa aparência — "...quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem" (II Tessalonicenses 1:10).

 Essa admiração se transformará em adoração e ações de graças; um exemplo disso é dado em Apocalipse 5:9-13, onde toda a Igreja dos redimidos canta um novo cântico. "E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação; e  para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.

E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhares de milhares e milhões de milhões, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória e ações de graças. E ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre".

Há algumas pessoas que têm esperança de ser salvos por Cristo e de ver a Sua glória num outro mundo, porém não estão interessados em meditar, pela fé naquela glória neste mundo. Elas são semelhantes a Marta, que estava preocupada com muitas coisas e não com Maria, que escolheu a melhor parte, sentando-se aos pés de Cristo (Lucas 10:38-42). Que tais pessoas tomem muito cuidado para que não negligenciem nem desprezem o que deveriam fazer.

Alguns dizem que têm o desejo de contemplar a glória de Cristo pela fé, mas quando começam a considerar essa glória, eles acham que é coisa muito elevada e difícil. Eles ficam maravilhados, à semelhança dos discípulos no Monte da Transfiguração. Admito que a fraqueza de nossas mentes e a nossa falta de habilidade para entender bem a eterna glória de Cristo nos impede de manter os nossos pensamentos numa meditação firme e constante por muito tempo.

Aqueles que não têm a prática e habilidade de uma santa meditação em geral não terão a capacidade de meditar neste mistério em particular. Mas, mesmo assim, quando a fé não consegue mais manter abertos os olhos do nosso entendimento para refletir sobre o Sol da Justiça brilhando em Sua beleza, pelo menos, pela fé ainda podemos descansar em santa admiração e amor.

FONTE: http://www.josemarbessa.com/2011/06/deus-esta-em-teus-pensamentos-john-owen.html

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Loucura de Amar o Pecado – Thomas Watson (1620-1686)

Imagem cedida por: http://padom.com.br/por-que-pecar-nunca-e-bom/



Primeiro: observe quão mortífero é um pecado maligno, e como é surpreendente que alguém possa amá-lo. "Até quando... amareis a vaidade?" (SI 4.2). "Embora eles olhem para outros deuses e amem bolos de passas" (Os 3.1). O pecado é uma iguaria da qual os homens não conseguem se abster, embora lhes faça mal. Quem lavaria uma pocilga com água de rosas? Que lástima que uma afeição tão doce como o amor seja colocada sobre uma coisa tão imunda como o pecado.


O homem ama o pecado, mesmo que o lhe cause uma ferroada na consciência e lhe traga uma maldição. Um pecador é aquele que mais se auto-contradiz; por causa de seu pecado nega a si mesmo uma parte no céu.


Segundo: faça outra coisa em vez de pecar. Odeie o pecado. Há mais malignidade no menor pecado que na maior possessão maligna que pode se manifestar para nós. O arminho prefere morrer a sujar sua linda pelagem. Há mais malignidade numa gota de pecado que num mar de aflição. A aflição é apenas um rasgão num casaco, já o pecado é como uma pontada no coração.


Na aflição há algo de bom - nesse leão há algum mel. "Foi-me bom ter eu passado pela aflição" (SI 119.71). Agostinho disse: "A aflição é o malhar de Deus para debulhar nossas cascas; não para consumir, mas para refinar". Não há nada de bom no pecado, ele é o espírito e a quintessência do mal. O pecado é pior que o inferno, pois as dores do inferno são um fardo somente para a criatura; porém, o pecado é um fardo para Deus.


Terceiro: o pecado é um mal muito grande! Então, deveríamos ser gratos a Deus, se retirou nosso pecado. "Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniqüidade" (Zc 3.4). Se você fosse portador de uma doença, praga ou hidropisia quão agradecido seria se ficasse curado. Mais ainda quanto a ficar livre do pecado. Deus tira a culpa do pecado com a graça perdoadora; o poder do pecado, com a graça mortificadora.


Agradeça porque essa doença não "é para morte"; porque Deus transformou sua natureza e, pelo enxerto em Cristo, fez de você um participante da doçura da oliveira; porque o pecado, embora viva, não reina; porque o mais velho serve ao mais novo: o pecado (o mais velho) serve à graça (a mais nova).


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Veja e tire suas próprias conclusões: O.V.N.IS no céu de Londres em pleno dia!



Esse vídeo esta circulando na internet, e segunda consta esta em torno de 1 mês no youtube. veja e deixe seu recado sobre oque é isso pra você!

Como não ler a Bíblia de forma inútil – Richard Greenham (1535 – 1594)

Imagem cedida por: http://prvitorhugo.wordpress.com/2010/05/07/

Uma das mais antigas obras dos Puritanos sobre como ler as Escrituras foi publicada por Richard Greenham (c. 1535-1594) sob o título Uma Proveitosa Obra, Contendo Orientação para a leitura e Compreensão das Escrituras Sagradas. 'Depois de estabelecer que a pregação e leitura da Palavra de Deus são inseparavelmente unidas por Deus na obra da salvação do crente, Greenham concentra-se sobre nosso dever de ler as Escrituras regularmente e a sós, recorrendo ao apoio de Deuteronômio 6.6, 11.18; Neemias 8.8; Salmo 1.2; Atos 15.21; 2 Pedro 1.19.
Tornando-se mais prático, Greenham afirma que os homens pecam não somente quando negligenciam a leitura das Escrituras, mas também "...ao lerem erroneamente"; portanto, as formas apropriadas de leitura reverente e fiel devem ser anotadas, como segue:
1.      Diligência  5. Conferência
2.      Sabedoria   6.
3.      Preparação 7. Prática
4.      Meditação  8. Oração11
Os números 1 a 3 devem preceder a leitura; os números 4 a 7 devem seguir-se à leitura; o número 8 deve preceder, acompanhar e seguir-se à leitura. Aqui está a essência do conselho de Greenham:
1. Diligência — deve ser aplicada à leitura das Escrituras, mais do que se faz na vida secular. Devemos ler nossa Bíblia com mais diligência do que os homens escavam em busca de tesouros enterrados. A diligência torna planos os lugares acidentados; torna fácil o difícil; torna saboroso o insípido.
2.      Sabedoria — deve ser usada na escolha do conteúdo, ordem e tempo. No tocante ao conteúdo, o crente não deve tentar mudar do que é revelado para o que não é revelado, nem consumir tempo considerável nas partes mais difíceis da Escritura. Se o ministro deve adaptar sua pregação da Palavra ao nível de seus ouvintes, "de igual modo muito mais os ouvintes devem aplicar sua própria leitura à sua capacidade individual".
Na questão da ordem, o leitor zeloso da Escritura procurará estar firmemente baseado em todos os "pontos principais da doutrina". Além disso, a leitura da Escritura deve seguir uma ordem, em lugar de leitura dispersiva. Somente uma Bíblia consistente fará um cristão consistente.
O tempo também deve ser utilizado criteriosamente. Todo o sábado deve ser devotado a tais exercícios como a leitura das Escrituras, mas, quanto aos outros dias, um trecho da Escritura de manhã, ao meio-dia e à noite é um equilíbrio sábio (Ec 3.11). Em qualquer circunstância, nenhum dia deve passar sem alguma leitura das Escrituras.
3.      Preparação adequada é fundamental. Sem ela a leitura da Escritura raramente é abençoada. Tal preparação divide-se em três propósitos: Primeiro, devemos nos aproximar da Escritura com temor reverente de Deus e de sua majestade.
Devemos nos aproximar da Palavra estando "prontos para ouvir, tardios para falar1' (Tg 1.19), determinados a guardar a Palavra de Deus em nosso coração. O temor reverenciai é sempre abençoado, quer por termos nossa compreensão esclarecida ou por outras boas emoções sentidas.
Segundo, devemos nos aproximar da Escritura com fé em Cristo, olhando para Ele como o Messias, "o leão da tribo de Judá, a quem é dado abrir o livro de Deus". Se chegarmos à Escritura com reverência perante Deus e fé em Cristo, não abrirá o próprio Cristo nosso coração, como fez aos discípulos a caminho de Emaús?
Terceiro, devemos nos aproximar da Escritura sinceramente desejosos de aprender com Deus. Aqueles que produzem frutos são precisamente os que recebem a palavra "na boa terra [o coração]"; são os que frutificam com perseverança (Lc 8.15). Muitas vezes não obtemos proveito da leitura da Bíblia porque chegamos a ela "sem coração" para o ensino divino.
4.      Meditação — após a leitura é tão decisiva como na preparação antes da leitura da Escritura. Pode-se ler diligentemente, mas a leitura não produz fruto algum, se a meditação não ocorrer após o que foi lido. A leitura pode dar alguma amplitude, mas somente a meditação e o estudo proporcionarão o aprofundamento. A diferença entre leitura e meditação é como a diferença entre flutuar à deriva em um barco e remar em direção ao porto de destino. "A meditação sem leitura é errônea, e leitura sem meditação é infrutífera. ... A meditação faz com que aquilo que é lido torne-se nossa possessão. Bem-aventurado é aquele que medita na lei de dia e de
noite" (Salmo l).
A meditação envolve nossa mente e compreensão, tanto quanto nosso coração e afetos. Para alcançar um julgamento profundo e estável sobre diversas verdades, a mente deve ser levada à compreensão meditativa. A meditação, porém, também "absorve" esse julgamento estável, e leva-o a agir sobre nossas afeições. Se nossas afeições não ficarem envolvidas, nossa profunda compreensão meditativa diminuirá. As Escrituras devem penetrar por toda a textura da alma.
5.      Conferência — Por conferência Greenham está referindo-se a uma conversa devota com ministros ou outros crentes. "Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo" - (Pv 27.17). O piedoso deve partilhar o que ele está absorvendo das Escrituras, não de maneira orgulhosa, falando além do que os outros conhecem, mas com humildade, confiando que onde dois ou três se reúnem para uma conversação espiritual, Deus estará no meio deles. Tal comunhão não deve abranger muita gente, nem tampouco isolar-se em círculo fechado de uns poucos.
6.      — Nossa leitura da Escritura deve mesclar-se com a fé. A fé é a chave para o proveitoso recebimento da Palavra (Hebreus 4.2); "sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb 11.6). Ler sem fé é ler em vão. Na verdade, todas essas oito diretrizes para a leitura da Escritura devem ser seguidas no exercício da verdadeira fé.
Além disso, por meio da leitura da Palavra pela fé, nossa fé também será refinada. Nossa leitura da Escritura deve provar nossa fé muitas vezes, não somente nas coisas gerais da nossa vida, mas também nos aspectos pessoais da nossa vida — especialmente nas aflições. Como o ouro é purificado no fogo, assim nossa fé deve suportar o fogo da aflição.
7.      Prática — O fruto da fé deve ser prático. A prática "traz o aumento da fé e do arrependimento". A prática é o melhor caminho para o aprendizado; e quanto mais colocamos em prática a Palavra pela obediência diária da fé, mais Deus aumenta nossos dons para seu serviço e para o aumento da nossa prática. Quando o Espírito lança luz sobre nossa consciência de que estamos praticando a Palavra que lemos, recebemos também o grande benefício de estarmos seguros de que temos fé.
8.      Oração — Essa prática é indispensável ao longo de toda a leitura da Escritura — precedendo, acompanhando e seguindo. Em leitura pública da Escritura, não é possível fazer pausa e orar após cada versículo. Na leitura em privacidade faremos bem em temperar constantemente a Escritura com sal, usando petições curtas, ardentes, aplicáveis de acordo com sugestões específicas dos versículos diante de nós. Lutero escreveu: "Faça uma pausa em cada versículo da Escritura e agite, por assim dizer, cada galho dele, para que possivelmente algum fruto venha a cair."
Se oramos pelo alimento para o nosso corpo a cada refeição, quanto mais devemos orar pelo alimento espiritual provido em toda leitura da Bíblia! Se não ousamos tocar nosso alimento e líquido antes de orarmos à mesa, como ousamos tocar o Livro santo de Deus — nosso alimento e nossa bebida — sem oração?
A oração, necessariamente, também envolve ações de graças: "Se somos levados a louvar a Deus quando ele alimenta nosso corpo, quanto mais devemos fazê-lo quando ele ali-menta nossa alma?"16 Não sejamos fervorosos ao pedir e, em seguida, frios ao dar graças. Antes, oremos para ler com te¬mor piedoso e humilde gratidão, lembrando-nos de que o crente que é superficial na leitura da Bíblia será superficial na vida cristã.
Se a Bíblia existe para influenciar-nos, devemos recorrer a ela. "A Bíblia que está amarrotada", escreveu Vance Havner, "geralmente pertence a alguém que não está." Negligenciar a Palavra é negligenciar o Senhor, porém aqueles que lêem a Escritura, nas palavras de Thomas Watson, "como uma carta de amor que lhes foi enviada por Deus", desfrutarão seu poder afetuoso e transformador.

Joel Beeke
FONTE: http://www.josemarbessa.com/2011/08/como-nao-ler-biblia-de-forma-inutil.html

Lascívia – John Owen (1616-1683)

Imagem cedida por: http://umadeb.com.br/site/estudos-biblicos/22-sexualidade-crista


Um enfraquecimento habitual do mau desejo

Toda lascívia (desejo mau) é um hábito depravado, que continuamente inclina o coração para o mal. Em Gênesis 6:5, temos uma descrição de um coração no qual o pecado não foi mortificado: "era continuamente mau todo desígnio do seu coração". Em todo homem não convertido, há um coração que não foi mortificado e que está cheio de uma variedade de desejos ímpios, e cada um desses desejos está continuamente clamando por satisfação.

Concentrar-nos-emos apenas na mortificação de um desses desejos. Este desejo (pense no pecado que mais lhe atrai) é uma disposição forte, habitual, e profundamente enraizada, que inclina a vontade e os sentimentos para certo pecado em particular. Uma das grandes evidências de tal desejo mau é a tendência para se pensar nas diversas maneiras de gratificá-lo (veja Rom. 13:14). Este hábito pecaminoso (ou seja, a lascívia ou desejo mau) opera violentamente. "Fazem guerra contra a alma" (1 Ped. 2:11) e buscam tornar a pessoa um "prisioneiro da lei do pecado" (Rom. 7:23). Ora, a primeira coisa que a mortificação efetua é o enfraquecimento deste desejo mau, de modo que se torna cada vez menos violento nos seus esforços para provocar e seduzir a pecar (veja Tiago 1:14,15).

A esta altura, é preciso que se faça uma advertência. Todos os desejos maus têm o poder de seduzir e provocar alguém a pecar, porém parece que não têm, todos eles, o mesmo poder. Há pelo menos duas razões pelas quais alguns desejos maus parecem ser muito mais fortes do que outros:


a)      Um desejo mau pode ser mais forte do que outros na mesma pessoa e também mais forte do que o desejo numa outra pessoa. Há muitas maneiras pelas quais este poder e vida extras são dados, mas especialmente isso ocorre por meio da tentação.


b)      A ação violenta de alguns desejos maus é mais óbvia do que a de outros. Paulo sublinha uma diferença entre impureza e todos os outros pecados. "Fugi da impureza! Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer, é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo" (1 Cor. 6:18). Isso significa que pecados dessa natureza são mais facilmente discerníveis do que outros. Contudo, uma pessoa com um amor desordenado pelo mundo pode estar debaixo do poder desse desejo mau (embora esse poder não seja tão óbvio) tanto quanto outro homem que é cativado por um desejo mau ou por uma imoralidade sexual.


A primeira coisa, então, que a mortificação efetua é um enfraquecimento gradual dos atos violentos do desejo mau, de modo que seu poder para impelir, despertar, perturbar e deixar a alma perplexa seja diminuído. Isso é chamado de crucificar "a carne, com as suas paixões e concupiscências" (Gál. 5:24). Esta linguagem é muito gráfica, como se pode ver na seguinte ilustração:


Pense num homem pregado numa cruz. A princípio o homem se esforçará, lutará e clamará com grande intensidade e poder. Depois de certo tempo, à medida em que vai perdendo sangue, seus esforços se tornam fracos e seus gritos baixos e roucos. Da mesma maneira, quando um homem se propõe a cumprir seu dever de mortificar o pecado, há uma luta violenta; todavia à medida em que a força e a energia do desejo mau se esvai, seus esforços e gritos diminuem. A mortificação radical e inicial do pecado é descrita em Romanos, capítulo 6, e especialmente no versículo 6:

"Sabendo isto, que foi crucificado com ele o nosso velho homem" - para qual propósito? - "para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos ao pecado como escravos".

Sem esta mortificação inicial e radical, realizada mediante união com Jesus Cristo, como descrita em Romanos, capítulo 6 (no próximo capítulo diremos mais sobre isto), uma pessoa não pode fazer progresso na mortificação de um único desejo mau. Uma pessoa pode dar pauladas no mau fruto de uma árvore má até ficar esgotada, porém enquanto a raiz permanecer forte e vigorosa nenhum grau de espancamento impedirá que a raiz produza mais frutos maus. Esta é a tolice que muitas pessoas praticam quando se dispõem com todo fervor a quebrar o poder de qualquer pecado em particular, sem realmente atacar e ferir a raiz do pecado (como acontece quando um cristão é unido a Jesus Cristo).

FONTE: http://www.josemarbessa.com/2011/07/lascivia-john-owen-1616-1683.html

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A Tragédia do pecado não abandonado – Jonathan Edwards

Imagem cedida por: http://padom.com.br/vitoria-contra-o-pecado-que-assedia/


As instruções para você auto-examinar-se quanto a algum pecado do qual talvez você não esteja crente já foram dadas. Como estão as coisas na sua vida? Você acha que está vivendo em algum caminho mau? Não estou perguntando se você está livre de pecado. Isso não é o esperado, pois não há quem não peque (lRs 8.46). Mas há algum tipo de pecado incorporado ao seu estilo de vida e prática? Sem dúvida alguns estão limpos nessa questão, alguns "irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do Senhor... que guardam as suas prescrições, e o buscam de todo coração; não praticam a iniqüidade e andam nos seus caminhos" (SI 119.1-3).

Permita que sua consciência responda sobre como você vê sua própria vida. Você pratica algum pecado pela força do hábito? Você se deu permissão para isso? Se esse for o caso, considere o seguinte:

Se você tem procurado a salvação e ainda não a encontrou, a razão disso pode ser algum tipo de pecado em sua vida. Talvez tenha se perguntando qual é o problema que o deixa tão preocupado em relação à sua salvação — quando diligentemente você a tem buscado — e ainda não teve retorno. Muitas vezes já implorou a Deus, e ele ainda não atentou para você. Outros recebem conforto, mas você ainda permanece em trevas. Mas isso não deve surpreender, se você se agarrou a algum pecado por muito tempo. Não é isso uma razão suficiente para que todas as sua orações e todas as suas pretensões deixem de ser atendidas?

Se você tem tentado reter seu pecado enquanto busca o Salvador, você não está buscando a salvação da maneira correta. O caminho certo é abandonar sua perversidade. Se você tem algum membro corrupto e não o corta fora, corre o risco de ele o levar para o inferno (Mt 5.29,30).

Se a graça parece que estar definhando ao invés de florescer na sua alma, talvez a causa disso seja algum tipo de pecado. A maneira de crescer na graça é andar em obediência, e ser muito determinado nisso. A graça vai florescer no coração de todo aquele que vive dessa maneira. Se você vive em algum caminho mau, ele será como uma doença incubada sugando sua vitalidade.

O pecado então o manterá pobre, fraco e desfalecido. Basta que um pecado seja praticado habitualmente para anular sua prosperidade espiritual e frear o crescimento e a força da graça em seu coração. Ele entristecerá o Espírito Santo (Ef 4.30). Ele impedirá a boa influência da Palavra de Deus. O tempo que ele permanecer será como uma úlcera, que o mantém fraco e deficiente, embora você se alimente da melhor e mais proveitosa comida espiritual.

Se você caiu em grande pecado, talvez algum tipo de pecado na sua vida tenha sido a raiz fundamental do seu grande fracasso. Uma pessoa que não evita o pecado e não é meticulosamente obediente, não pode ser guardada dos grandes pecados. O pecado em que vive será sempre uma abertura, uma porta aberta, pela qual Satanás encontrará a entrada. E como uma brecha na fortaleza, por onde o inimigo pode entrar e encontrar seu caminho. Se você caiu num pecado terrível, talvez seja essa a razão.

Ou se você permite algum tipo de pecado como um escape para sua corrupção, ele será como uma brecha numa represa que, se abandonada, se abrirá sempre mais até que não seja mais possível contê-la.
Se você vive em trevas espirituais, sem sentir a presença de Deus, a razão disso pode ser algum tipo de pecado. Se você lamenta não ter um pouco da doce comunhão com Senhor; se sente que Deus o desertou; se Deus parece ter lhe escondido sua face e raramente lhe mostra evidências da sua glória e graça; ou se parece que você foi deixado tateando e vagueando no deserto — essa pode ser a razão. Talvez você clame a Deus freqüentemente.

Talvez você passe noites em claro e dias tristes. Se está vivendo desta maneira, é muito provável que essa seja a causa, a raiz dos seus desenganos, o seu Acã, o causador de problemas que ofende a Deus e traz tantas nuvens de trevas sobre sua alma. Você está entristecendo o Espírito Santo, e por isso você não recebe o seu conforto.

Cristo prometeu que se revelaria aos seus discípulos, mas com a condição de que eles guardassem os seus mandamentos: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele" (Jo 14.21). Mas se você rotineiramente vive em desobediência aos seus mandamentos, não é de se admirar que ele não se manifeste a você. A maneira de receber o favor divino é andar perto dele.

Se você duvida da sua salvação, talvez algum tipo de pecado na sua vida tenha levantado essas dúvidas. O melhor jeito de se ter a clara evidência da sua salvação é por meio de um andar junto a Deus. Isso, como já notamos, é também a maneira de se ter a graça florescendo na alma. E quanto mais graça vigorosa de Deus em nós, mais provável é que seja vista. E quando Cristo se revela a nós, temos a certeza do seu amor e favor.

Mas se você vive com algum tipo de pecado, não é de surpreender que isso diminua grandemente a sua certeza. Afinal de contas, isso subjuga o exercício da graça e esconde a luz da face de Deus. E pode acontecer de você nunca saber se é um verdadeiro cristão até que tenha abandonado totalmente o pecado no qual vive.

Se Deus o reprovou, talvez algum tipo de pecado em sua vida explique o motivo. Provavelmente a prática de um hábito pecaminoso ou o fato de tolerar um ato maldoso tenha sido a razão de ter recebido uma reprovação e um castigo dolorosos. Às vezes, Deus é excessivamente severo no trato com seu povo pelos seus pecados neste mundo. Deus não permitiu que Moisés e Arão entrassem na Terra Prometida porque o haviam desobedecido e pecado com seus lábios nas águas de Meribá. E como Deus foi terrível quando tratou com Davi! Que aflição levou para sua família! Um dos seus filhos violentou sua irmã; outro matou o irmão e depois de expulsar seu pai do trono na vista de todo Israel, deflorou a concubina de seu pai perante todos. O seu fim foi terrível; machucou completamente o coração de seu pai (2Sm 18.33). Imediatamente depois, aconteceu a rebelião de Seba (2Sm 20). No fim da vida , Davi viu seu outro filho usurpar o trono.

Quão severamente Deus tratou Eli por ele ter vivido no pecado, não refreando seus filhos da maldade! Os dois filhos foram mortos no mesmo dia, e o próprio Eli morreu violentamente. A arca foi levada cativa (ISm 4). A casa de Eli foi amaldiçoada para sempre; o próprio Deus jurou que a iniqüidade da casa de Eli nunca seria expiada por meio de sacrifícios e ofertas (ISm 3.13,14). O sacerdócio foi tirado de Eli e transferido para outra linhagem. Nunca mais houve um sacerdote na família de Eli (2Sm 12.31).

O motivo das repreensões divinas que recebeu é algum tipo de pecado na sua vida? Na verdade, no tocante aos acontecimentos da Providência, você não pode ser julgado pelo seus vizinhos, porém com certeza você deveria se perguntar se Deus esta contendendo com você (Jó 10.2).

Se a morte lhe causa medo, talvez seja porque você está vivendo em algum tipo de pecado. Quando pensa na morte, você se encolhe a esse pensamento? Quando tem uma doença, ou quando alguma coisa ameaça sua vida, você sente medo? Os pensamentos de morte e a eternidade alarmam você, embora seja um cristão?

Se você vive num caminho mau, provavelmente essa seja razão de seus medos. O pecado deixa a sua cabeça sensual e mundana e, portanto o impede de desfrutar de uma alegria celestial. O pecado diminui a graça e impede o desfrute das antecipações do conforto celestial que, de outra maneira, você desfrutaria. O pecado impede o sentimento da presença e do favor divinos. Sem isso, não é de espantar que você não veja a morte diante de si sem temor.

Não permaneça em qualquer tipo de pecado. Se, ao ler este texto, você percebeu que vive em um tipo de pecado, considere que de agora em diante, se viver da mesma maneira, estará vivendo com um pecado conhecido. Se era ou não era conhecido no passado, você talvez tenha vivido assim inadvertidamente. Mas, agora, que é consciente dele, se continuar nele, seu pecado não será um pecado da ignorância, mas você se mostrará como um dos que vivem intencionalmente em caminhos de pecados conhecidos.

FONTE: http://www.josemarbessa.com/2011/06/tragedia-do-pecado-nao-abandonado.html

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