http://setimodia.wordpress.com/2010/09/20/o-fogo-divino-e-sua-falsificacao/ |
O poder de Deus não é favorável aos ímpios. Eles não têm união com Deus, portanto não têm garantia em reclamar seu poder. Seu poder não os alivia. Ele tem poder para perdoar pecados, mas não manifestará o seu poder para com o pecador impenitente. O poder de Deus é a asa de uma águia, para carregar os santos para o céu. O ímpio, porém, que privilégio tem? Um homem carrega seu filho nos braços sobre um córrego perigoso, mas não carregará um inimigo. O poder de Deus não age para ajudar aqueles que lutam contra ele. Quando sofrimentos vêm sobre os ímpios, não têm nada para ajudá-los, são como um navio em uma tempestade sem o piloto e dirigindo-se às rochas.
O poder de Deus está contra o ímpio. O poder de Deus não será o escudo para defesa do pecador, mas uma espada a feri-lo. O poder de Deus atará o pecador em cadeias. Seu poder serve para vingar o mal feito à sua misericórdia. Ele será o poderoso para acabar com o pecador. Então, em que condição está cada um dos descrentes? O poder de Deus está contra eles e "horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10.31).
Reprovam-se aqueles que não crêem no poder de Deus. Dizemos não questionar o poder de Deus, mas sim sua vontade. Porém, na verdade é o seu poder que questionamos. "Acaso, haveria coisa demasiadamente maravilhosa para mim?" (Jr 32.27). Nós nos tornamos temerosos com a descrença, como se o braço poderoso de Deus estivesse encolhido e não pudesse ajudar em casos de desespero. Se o poder de um rei for tomado, ele é destronado; elimine, em sua mente, o poder do Senhor e ele deixará de ser Deus. Quantas vezes agimos dessa maneira. Israel não questionou o poder de Deus? "Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto?" (SI 78.19). Pensavam que o deserto era um lugar apropriado para fazer covas e não armar uma mesa. Marta não duvidou do poder de Cristo? "Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias" (Jo 11.39). Se Cristo estivesse lá enquanto Lázaro estava doente, ou quando estava à beira da morte, Marta não questionaria que pudesse reanimá-lo, mas estava morto e na cova por quatro dias e agora ela parece questionar seu poder. Cristo tinha mais dificuldade para ressuscitar a fé de Marta que o seu irmão morto. Moisés, mesmo sendo um homem santo, limitou o poder de Deus por meio da descrença: "Respondeu Moisés: seiscentos mil homens de pé é este povo no meio do qual estou; e tu disseste: dar-lhes-ei carne, e a comerão um mês inteiro" (Nm 11.21). Isto é uma grande afronta contra Deus: negar seu poder. Que homens duvidam do poder de Deus é algo que se vê por meio de caminhos indiretos; não defraudariam em seus negócios, não usariam falsos pesos, se cressem no poder que providencia para eles. Os homens se apoiam mais em causas secundárias do que em Deus. "Caiu Asa doente dos pés; a sua doença era em extremo grave; contudo, na sua enfermidade não recorreu ao SENHOR, mas confiou nos médicos" (2Cr 16.12).
Se Deus é infinito em poder, vamos evitar endurecer nossos corações contra ele. "Quem porfiou com ele e teve paz?" (Jó 9.4). Jó envia um desafio a todas as criaturas no céu e na terra. Quem já se levantou contra Deus e saiu vencedor? O fato de alguém se arriscar em qualquer pecado significa endurecer seu coração contra Deus e declarar guerra contra o céu. Que esta pessoa se lembre que Deus é o El-Shaddai, o poderoso; e será muito duro para com aqueles que se opõem a ele. "Ou tens braço como Deus ou podes trovejar com a voz como ele o faz" (Jó 40.9). Todos aqueles que não se curvarem diante de seu cetro dourado serão quebrados com sua vara de ferro. O imperador romano Júlio endureceu seu coração contra Deus, opôs-se diante da sua face; mas o que ele conseguiu? Ele prosperou? Sendo ferido na batalha lançou seu sangue para o ar e disse a Cristo: "Ó Galileu, tu vencestes! Eu reconheço teu poder, cujo nome e verdade me opus". Será que o tolo pode contender com o sábio; a fraqueza com o poder; o finito com o infinito?
Livre-se de endurecer seu coração contra Deus. Ele pode enviar legiões de anjos para vingar sua causa. É melhor se encontrar com Deus com lágrimas nos olhos do que com armas nas mãos. Pode-se convencê-lo mais rapidamente por meio do arrependimento do que da resistência.
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